Anistia Internacional pede que Egito anule sentença de morte de 183 islamitas

  • Por Agencia EFE
  • 21/06/2014 09h52
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Londres, 21 jun (EFE).- Anistia Internacional (AI) pediu neste sábado ao Egito para anular a condenação a morte de 183 seguidores da organização islamita Irmandade Muçulmana.

“Os veredictos neste caso são o último exemplo do empenho do judiciário egípcio por achatar a dissidência. As autoridades egípcias devem anular essas sentenças e voltar a julgar os acusados em processos justos”, disse AI em comunicado emitido em Londres.

Para Hassiba Hadj Sahraoui, vice-diretora para o Oriente Médio e o Norte da África da organização, “nos últimos meses, os tribunais egípcios parecem ter ditado sentenças de morte superficialmente, incluindo os dois juízos maciços sustentados sobre provas fracas e procedimentos defeituosos”.

O tribunal penal de Minya (sul do Egito) condenou hoje a morte 183 pessoas, entre elas o líder da Irmandade Muçulmana, Mohammed Badia, por distúrbios e atos de violência nessa província o agosto do ano passado.

Para Anistia internacional, a sentença é dada após um processo injusto no qual o tribunal interrogou 50 testemunhas e 74 acusados sem a presença de advogados. A entidade ressaltou que a “confusão” que rodeia esse processo ficou exemplificada no caso de um dos acusados que foi condenado, ao mesmo tempo, à pena de morte e a 15 anos de prisão.

“O sistema judiciário egípcio é errático, no melhor dos casos, enquanto suas decisões levantam sérias dúvidas sobre sua independência e imparcialidade”, disse Hassiba. EFE

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