Assembleia Geral da ONU insiste em buscar reforma do Conselho de Segurança
Nações Unidas, 14 set (EFE).- A Assembleia Geral da ONU decidiu nesta segunda-feira prosseguir as negociações para reformar o Conselho de Segurança a fim de que tenha uma “representação mais equitativa”, um esforço realizado há uma década.
A resolução foi aprovada por consenso na última sessão do 69º período da Assembleia Geral, que nesta terça-feira iniciará um novo ciclo.
Se não forem realizadas reformas, “pode chegar um momento em que o papel das Nações Unidas chegue a ser irrelevante”, afirmou o presidente da Assembleia Geral, o ugandense Sam Kutesa.
A reforma no Conselho de Segurança é um dos grandes temas das Nações Unidas, fundamentalmente pelo fato de que cinco países (Estados Unidos, Rússia, China, França e o Reino Unido) seguem mantendo um posto permanente e direito de veto.
Apesar de periodicamente este assunto voltar à tona, com distintas alternativas, há uma forte resistência entre alguns dos países com assento permanente nesse órgão de decisões a aceitar mudanças.
A resolução aprovada hoje pela Assembleia Geral insiste na necessidade de prosseguir as negociações intergovernamentais em favor dessa reforma e em levar o tema ao próximo período de sessões desse órgão da ONU.
Essas negociações serão realizadas em uma “sessão plenária oficiosa” ainda não convocada formalmente, e também se abriu a porta à possibilidade de criar um grupo de trabalho específico se assim decidir a Assembleia Geral em seu próximo período.
“Nos últimos dez anos fizemos tudo menos negociar”, ressaltou Kutesa, que acrescentou que com o passo dado hoje na Assembleia Geral se pode exercer “mais pressão” em favor da reforma.
“A mensagem dos Estados-membros foi alta e clara”, reforçou Kutesa, destacando que crises como o fluxo de migrantes que a Europa vive agora representam o “fracasso” da ONU em manter a paz e a segurança. EFE
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