Ataque contra acampamento de manifestantes deixa 3 feridos na Tailândia

  • Por Agencia EFE
  • 25/02/2014 01h43
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Bangcoc, 25 fev (EFE).- Pelo menos três pessoas ficaram feridas durante um ataque de um grupo não identificado contra o acampamento de manifestantes situado nas cercanias do parque Lumpini em Bangcoc, a capital da Tailândia, em que foram utilizadas granadas e armas de fogo, informou nesta terça-feira a imprensa local.

Os primeiros relatórios oficiais destacam que cerca de 20 granadas foram lançadas durante a madrugada desta terça-feira e que uma troca de tiros ocorreu em seguida, segundo o jornal “Bangcoc Post”.

Um porta-voz da polícia disse à publicação que três pessoas que faziam a segurança dos manifestantes ficaram levemente feridas durante os enfrentamentos, que duraram mais de 2 horas.

O número de mortos desde que começaram os protestos antigovernamentais na Tailândia chega a 22, e mais de 750 pessoas ficaram feridas, algumas das quais continuam em estado grave.

No último domingo, três pessoas, duas delas menores de idade, morreram por causa da explosão de uma granada lançada contra o acampamento dos manifestantes em Ratchaprasong, na capital do país.

A primeira-ministra interina da Tailândia, Yingluck Shinawatra, condenou na noite do domingo os ataques contra os acampamentos antigovernamentais.

“Condeno o uso da violência que causou mortes e deixou feridos em Trat (leste da Tailândia) e especialmente em Ratchaprasong (Bangcoc) pela morte de crianças. É muito triste”, escreveu Yingluck em seu perfil no Facebook e também pediu às autoridades a prisão dos responsáveis.

Na noite do sábado, uma menina de 5 anos morreu e 35 pessoas foram feridas em um acampamento antigovernamental na província de Trat, a cerca de 300 quilômetros de Bangcoc, por um ataque de um grupo não identificado com armas e explosivos.

Os manifestantes exigem a renúncia do governo para criar um conselho não eleito que faça uma reforma do sistema político, que consideram corrupto e a serviço dos interesses do ex-primeiro-ministro Thaksin Shinawatra, irmão de Yingluck.

A Tailândia vive uma grave crise desde o golpe militar que depôs Thaksin em setembro de 2006. Desde então, seus opositores e partidários recorrem a mobilizações populares para derrubar o governo da vez. EFE

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