Atentado suicida perto de um hotel no Paquistão deixa 8 mortos e 42 feridos

  • Por Agencia EFE
  • 04/02/2014 16h48

Islamabad, 4 fev (EFE).- Pelo menos oito pessoas morreram e outras 42 ficaram feridas nesta terça-feira em um atentado suicida realizado perto de um hotel frequentado por xiitas na cidade de Peshawar, no noroeste do Paquistão, informaram fontes oficiais e da polícia.

O fato aconteceu à noite, no bairro de maioria xiita de Kucha Risaldar, quando o homem detonou os explosivos que levava em um colete, explicou um oficial local da polícia, Rizwan Khan, ao veículo de comunicação paquistanês “Dawn”.

O ministro da Saúde, Shaukat Ali Yousafzai, confirmou à imprensa o número de mortos e feridos, e revelou que “seis dos mortos já foram identificados”.

Segundo um alto funcionário da equipe antibomba, Shafgat Malik, o suicida usou seis quilos de explosivos no atentado.

Entre os feridos, que foram transferidos ao Hospital Lady Reading, há cinco crianças e duas mulheres. Muitos deles estavam jantando no restaurante do hotel no momento do atentado, de acordo com o jornal local “Express Tribune”.

O atentado aconteceu poucas horas depois do cancelamento da primeira reunião entre emissários do governo e do maior grupo talibã do Paquistão, Tehrik-e-Taliban Pakistan (TTP), adiada por divergências sobre o grupo que representaria aos insurgentes.

Peshawar é a capital da violenta província de Khyber Pakhtunkhwa, fronteira com o Afeganistão e refúgio de células talibãs, grupos jihadistas e organizações mafiosas que operam em ambos os lados da divisa com o país vizinho.

A cidade é palco de boa parte dos atos violentos registrados no país, e é considerada um dos núcleos da atividade armada no Paquistão.

De acordo com um recente relatório de um centro de análise local, o Instituto Paquistanês para Estudos de Paz, no ano passado 685 pessoas morreram, a maioria xiitas, em mais 200 atentados dirigidos às minorias religiosas do país.

Estima-se que o Paquistão seja o segundo país do mundo com maior população xiita, com 40 milhões de pessoas, só atrás do vizinho Irã. EFE

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