Belga que combateu com jihadistas diz que holandês era carcereiro de Foley
Bruxelas, 27 ago (EFE).- Um jovem belga que combateu com jihadistas na Síria disse que um holandês exercia a função de carcereiro na prisão em que o Estado Islâmico (EI) mantinha sequestrado o jornalista americano James Foley.
O pai de Jejoen Bontinck, que se seguiu para Síria com apenas 17 anos, declarou à imprensa local que seu filho sabia que um holandês exercia um papel destacado na prisão onde estava Foley, sequestrado em novembro de 2012 no norte da Síria e que foi decapitado pelos jihadistas.
O advogado de Bontinck, Kris Luijckx, confirmou a versão apresentada pelo pai do jovem, que, na ocasião, contava o que seu filho viveu na Síria para evitar que “outros combatentes estrangeiros” se juntassem ao EI.
O jovem, que enfrenta acusações criminais por terrorismo, também assegura que chegou a compartilhar a mesma cela com Foley e que tinha uma boa relação com o jornalista, segundo a emissora “VTM”.
Bontnick foi detido pelos jihadistas porque eles se inteiraram dos planos do jovem em querer retornar à Bélgica.
O advogado indicou ao canal citado que Bontnick entrou em contato com os familiares de Foley após seu retorno à Bélgica, supostamente as primeiras “informações detalhadas de que o mesmo ainda estava vivo, mas sequestrado por um grupo jihadista”.
Foley, que era um fotojornalista, colaborava com o site americano “GlobalPost” e com a agência francesa “AFP”, entre outros veículos.
Segundo o programa EenVandaag, da emissora “VTM”, a Justiça belga e os serviços de informação da Holanda não confirmam e nem desmentem as declarações do ex-combatente jihadista. EFE
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