Bloqueio das contas do Rio Grande do Sul ainda não tem solução, diz governador

  • Por Agência Brasil
  • 12/08/2015 14h40

José Ivo Sartori (PMDB) é eleito governador no RS

Folhapress José Ivo Sartori (PMDB) é eleito governador no RS

Ao deixar hoje (12) o ministério da Fazenda, o governador do Rio Grande do Sul, José Ivo Sartori, disse que ainda não tem uma solução para o bloqueio das contas do estado pela União.

Dando cumprimento à lei, o governo federal determinou o bloqueio das contas em razão do não pagamento, pelo estado, da parcela da dívida com a União referente ao mês de julho. Enfrentando dificuldades financeiras, o governo do Rio Grande do Sul decidiu pagar os salários atrasados dos servidores. Em compensação, suspendeu as obrigações com a União.

Sartori disse que a atitude adotada pelo Rio Grande do Sul não constitui confronto com o governo federal. Evitou também apontar culpados pela dívida do estado. “Ninguém passou calote nenhum: apenas não cumprimos uma parte [do acordo com a União]”, disse.

O governador foi recebido pelo Secretário do Tesouro Nacional, Marcelo Saintive, mas não conseguiu encontrar-se com o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, como constava na agenda. Sartori não informou como o problema – após o bloqueio da União – será resolvido.

“Quanto ao futuro eu devo dizer com toda a tranquilidade do mundo: por enquanto, os servidores foram pagos”, acrescentou.

Segundo Sartori, assim como o governo federal vem realizando um ajuste fiscal, o estado do Rio Grande do Sul também tem cumprido metas e ações com a finalidade de viabilizar as condições para que estado melhore financeiramente.

“Evidentemente vamos estudar qual a melhor maneira e a melhor solução. Não é uma situação momentânea. Ela vai se prolongar em outras ocasiões”, observou.

Para Sartori, a obrigado do governo estadual é buscar o diálogo. “Esperamos compreensão e uma solidariedade ativa em relação às finanças do Rio Grande do Sul”, disse.

O governador do Ceará, Camilo Santana (PT), que também esteve no Ministério da Fazenda, o ano de 2015 é complexo em razão do ajuste fiscal. Acrescentou, porém, que  os estados não podem ser prejudicados porque um determinado “ente federativo não fez o dever de casa ou não cumpriu com o dever fiscal”.

No Ministério da Fazenda, Camilo Santana tratou da liberação de créditos oriundos de organismos internacionais, entre eles o Banco Interamericano de Desenvolvimento, para obras que estão em andamento no estado, como estradas e na área da saúde.

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