Ministério da Agricultura suspende a venda de 33 marcas de azeite adulteradas; saiba quais

Segundo a pasta, produtos eram misturados com óleo de soja

  • Por Jovem Pan
  • 02/10/2019 14h48
Divulgação/Mapa

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) anunciou nesta quarta-feira (2) que suspendeu 33 marcas de azeites de oliva por terem sido adulteradas. A maior parte das fraudes foi feita com a mistura com óleo de soja e outros óleos de origem desconhecida.

De acordo com a pasta, nesta etapa, foram identificados 59 lotes com irregularidades. Houve redução na comparação com a ação divulgada em abril de 2018, quando a fraude envolveu 46 marcas.

As marcas que praticaram fraudes foram: Aldeia da Serra, Barcelona, Casa Medeiros, Casalberto, Conde de Torres, Dom Gamiero, Donana (premium), Flor de Espanha, Galo de Barcelos, Imperador, La Valenciana, Lisboa, Malaguenza, Olivaz, Oliveiras do Conde, Olivenza, One, Paschoeto, Porto Real, Porto Valencia, Pramesa, Quinta da Boa Vista, Rioliva, San Domingos, Serra das Oliveiras, Serra de Montejunto, Temperatta, Torezani (premuim), Tradição, Tradição Brasileira, Três Pastores, Vale do Madero e Vale Fértil.

Operação Isis

As fiscalizações que detectaram as marcas irregulares são resultantes da Operação Isis, iniciada em 2016, mas referem-se a coletas realizadas em 2017 e 2018. O processo é lento, segundo o Mapa, pois envolve exames laboratoriais, notificação dos fraudadores, perícias, períodos para apresentação de defesa e julgamentos desses recursos em duas instâncias administrativas. O nome da operação é uma referência à deusa do antigo Egito que detinha o conhecimento sobre a produção das oliveiras.

Segundo o Coordenador de Fiscalização de Produtos Vegetais do Mapa, Cid Rozo, praticamente não existe mais estoque no mercado desses lotes que foram reprovados, pois os remanescentes foram destruídos após o julgamento dos processos administrativos. No entanto, é possível que os consumidores encontrem ainda outros lotes das mesmas marcas. Embora os supermercados tenham sido alertados quanto às marcas que sistematicamente produzem azeite fraudado, muitos comerciantes ainda insistem em vender esse tipo de produto em razão do baixo preço.

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