Após fuga de detentos em Mossoró, Lewandowski anuncia construção de muralhas em presídios federais
Governo também vai ampliar sistema de alarmes e usar reconhecimento facial na entrada de unidades prisionais; novo ministro da Justiça e Segurança Pública lida com primeira crise 13 dias após tomar posse
Ricardo Lewandowski, novo ministro da Justiça e Segurança Pública do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), anunciou as medidas que serão tomadas após a fuga de dois detentos de um presídio nacional em Mossoró, no Rio Grande do Norte. Segundo o sucessor de Flávio Dino, serão construídas muralhas em unidades prisionais administradas pela União. Além disso, a entrada nos presídios terá agora reconhecimento facial; foram nomeados 80 novos policiais penais federais já aprovados em concurso; e o sistema de alarmes será ampliado. Nomeado na Justiça com o compromisso de solucionar a crise de segurança no país, Lewandowski se depara com o primeiro grande desafio apenas 13 dias após tomar posse — os detentos fugiram na manhã de quarta-feira, 14. Uma de suas medidas após a fuga em Mossoró foi afastar a direção do presídio. A Polícia Federal apura as circunstâncias do caso.
“Há uma série de medidas a serem iniciadas imediatamente”, anunciou Lewandowski. “A modernização do sistema de vídeo, monitoramento dos cinco presídios federais, o aperfeiçoamento do controle de acesso aos presídios federais — inclusive com um sistema de reconhecimento facial de todos aqueles que ingressarem nas unidades prisionais, sejam eles os próprios presos, visitantes ou autoridades —, ampliação do sistema de alarmes e sensores de presença em todas as cinco unidades federais”, enumerou o ministro. “Os recursos virão do Fundo Penitenciário Nacional, evidentemente após o processo licitatário que a lei exige. Quero assegurar que os presídios federais são absolutamente seguros e todos podem continuar confiando neste sistema.”
Esta foi a primeira fuga na história do sistema penitenciário federal. Os criminosos foram identificados como Deibson Cabral Nascimento e Rogério da Silva Mendonça, ambos naturais do Acre. Tudo aconteceu durante o banho de sol, por meio de uma abertura no teto da cela. Os presos haviam sido transferidos para a Penitenciária Federal de Mossoró em 27 de setembro de 2023 e deveriam permanecer na unidade até 25 de setembro de 2025.
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