Bolsonaro afirma que não vai acabar com multa de 40% do FGTS em demissões
O presidente Jair Bolsonaro (PSL) negou, neste sábado (20), a possibilidade de acabar com a multa de 40% sobre o saldo do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) de empregados que forem demitidos sem justa causa. Apesar disso, ele reafirmou que não concorda com a aplicação da penalidade que, para ele, dificulta a geração de empregos.
“Em nenhum momento vocês vão me ouvir falando de acabar com multa de 40% FGTS”, disse, ressaltando que a multa virou regra. “Dificilmente, você dá demissão por justa causa. Mesmo dando, o cara entra com ação contra você. Dificilmente se ganha ação nesse sentido. Os patrões pagam [a multa]”, completou, enquanto deixava o Palácio da Alvorada.
“Assim como quem estava empregado ficou mais difícil ser demitido, quem empregava começou a não empregar mais pensando em possível demissão, mas não vou propor [o fim dos] 40%”, finalizou.
Segundo o presidente, o anúncio oficial sobre o saque do FGTS deve sair nesta semana. “A palavra final eu vou ouvir essa semana da equipe econômica”, afirmou. Ele explicou que “pequenos acertos”, como os acertos entre o fundo e programas sociais, ainda estão sendo feitos. “Não queremos desidratar a questão do Minha Casa, Minha Vida, que é importante para quem precisa de uma casa. Não queremos ser irresponsáveis”. O programa do governo federal, que oferece condições atrativas para o financiamento de moradias para famílias de baixa renda, usa recursos do fundo.
*Com informações da Agência Brasil
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