Câmara Municipal do Rio vota nesta quinta-feira se abre processo de impeachment de Crivella

O presidente da Casa, Jorge Felippe (DEM), decidiu submeter a votação o pedido de impeachment encaminhado pela vereadora Renata Souza (PSOL); Crivella usou servidores públicos para tentar impedir o trabalho da imprensa

  • Por Jovem Pan
  • 01/09/2020 21h04 - Atualizado em 02/09/2020 08h12
Foto: SAULO ANGELO/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO crivella-coronavirus O prefeito Marcelo Crivella durante coletiva de imprensa no Rio de Janeiro (RJ), nesta sexta-feira (19), para anunciar 20 novos respiradores no combate a Covid-19, do novo coronavírus. FUP20200619298 - 19/06/2020 - 18:22

A Câmara Municipal do Rio de Janeiro vai decidir nesta quinta-feira, 3, se abre processo de impeachment contra o prefeito Marcelo Crivella (Republicanos), em função do uso de servidores públicos para tentar impedir a realização de reportagens na porta de hospitais municipais. A denúncia foi feita nesta segunda pela TV Globo. Marcada para as 15h, a sessão legislativa precisa ter a presença de pelo menos 26 vereadores para começar. A decisão será tomada por maioria simples (metade mais um dos presentes).

Dois pedidos de impeachment foram protocolados na Câmara nesta terça, um deles apresentado pela deputada estadual e pré-candidata a prefeita do Rio Renata Souza (PSOL) e outro pelo vereador Átila Nunes (DEM). Após pareceres favoráveis da Procuradoria e da Secretaria Geral da Mesa Diretora, o presidente da Câmara, vereador Jorge Felippe (DEM), decidiu submeter a votação o pedido de Renata Souza. A decisão de votar o pedido será publicado no Diário Oficial do Município nesta quarta, e por isso só pode ser votado na sessão do dia seguinte. As reuniões da Câmara têm acontecido de forma semipresencial: alguns vereadores vão pessoalmente à Casa, enquanto outros participam pela internet.

Se o processo de impeachment for aberto, será criada uma comissão processante composta por três vereadores escolhidos por meio de sorteio. O prefeito terá dez dias úteis para apresentar sua defesa, e o processo inteiro pode levar até três meses. A gestão de Crivella termina daqui a quatro meses. Os vereadores também planejam a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar o caso. O pedido foi apresentado pela vereadora Teresa Bergher (Cidadania) e nesta terça-feira já reunia 17 assinaturas, número suficiente para que a CPI seja instalada, após os trâmites burocráticos.

*Com informações do Estadão Conteúdo

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