Caso Marielle: polícia faz apreensões em casa de vereador; saiba quem ele é

  • Por Jovem Pan
  • 14/12/2018 12h42 - Atualizado em 14/12/2018 12h46
ESTEFAN RADOVICZ/AGÊNCIA O DIA/ESTADÃO CONTEÚDO Siciliano foi eleito pelo PHS com forte votação na zona oeste, tradicional reduto das milícias

A Polícia Civil e o Ministério Público do Rio de Janeiro cumpriram na manhã desta sexta-feira (14) um mandado de busca e apreensão na casa do vereador Marcello de Moraes Siciliano (PHS), na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio de Janeiro. Ele é suspeito de envolvimento na morte da vereadora Marielle Franco (Psol) e do motorista Anderson Pedro Andrade.

As buscas na casa do vereador foram noticiadas pela TV Globo. De acordo com reportagem da emissora, ele não estava em casa no momento da chegada dos agentes. Na residência foram aprendidos um tablet, um computador, HD e documentos.

Investigações também apontam participação, em menor grau, do ex-PM Orlando Curicica, que está preso na Penitenciária Federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte.

Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, o general Richard Nunes, secretário da Segurança do Rio, afirmou que Marielle foi morta porque milicianos acreditaram que ela poderia atrapalhar os negócios ligados à grilagem de terras.

Quem é o vereador

Marcello de Moraes Siciliano, 45 anos, é um empresário da área de construção civil, novato na política, pouco conhecido até dos próprios colegas, que foi eleito pelo PHS com forte votação na zona oeste, um tradicional reduto das milícias.

Em um vídeo publicado no site da Câmara dos Vereadores, o vereador é apresentado como “pai de família, com cinco filhos e três netos”. Diz que trilhou sua trajetória profissional sozinho e começou a trabalhar com apenas 15 anos de idade. Aos 17, começou a comprar e vender carros. Depois, migrou para o ramo da construção civil, chegando a ser proprietário de uma empresa. “Comecei a minha vida do nada e me tornei um empresário bem-sucedido”, diz no vídeo. “Faço política para ajudar as pessoas, não preciso disso para viver.”

Sem disfarçar o orgulho, conta ainda que teria sido indicado ao Prêmio Nobel da Paz em 2010 por suas ações sociais em Vargem Grande e Vargem Pequena.

*Com informações do Estadão Conteúdo

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