Com ausência de venezuelano, Temer entrega credenciais a embaixadores

  • Por Estadão Conteúdo
  • 25/05/2016 12h23
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Fotos Públicas Temer e embaixadores

Pela primeira vez utilizando o salão Oeste do Palácio do Planalto, o presidente em exercício Michel Temer recebeu, nesta quarta-feira (25), seis embaixadores para a entrega de cartas credenciais. Apesar de ter sido informado pelo Itamaraty que já estaria apto a receber a carta credencial, o embaixador da Venezuela, Alberto Castellar, alegou que não poderia comparecer ao evento por questões de saúde. 

O venezuelano foi chamado pelo presidente do país, Nicolás Maduro, para retornar à Venezuela logo após o afastamento da presidente Dilma Rousseff. Maduro disse, em entrevista à imprensa local e internacional, que o afastamento de Dilma era um “golpe de Estado no Brasil”.

Ao lado de José Serra, ministro de Relações Exteriores, Temer sentou-se em uma das oito cadeiras que foram colocadas numa “sala montada” no centro do salão e conversou de forma protocolar por, em média, 3 minutos, com cada embaixador. 

A imprensa pôde acompanhar a cerimônia, mas com uma distância que não permitia que as conversas fossem ouvidas. Os jornalistas, inclusive, foram colocados na parte oposta da entrada do Planalto e não conseguiam ver a subida da rampa ou os protestos que aconteceram durante o evento. 

A presidente afastada Dilma Rousseff costumava receber as cartas credenciais no Salão Leste e, normalmente, o cerimonial era feito em pé, sem a “sala de conversa”. A última vez a presidente recebeu cartas credenciais foi em 4 de novembro último, quando se recusou a receber as cartas do embaixador da Indonésia, Toto Riyanto, por conta de dois brasileiros que foram condenados à pena de morte naquele país. 

A carta credencial, segundo o Itamaraty, é uma carta formal enviada de um Chefe de Estado para outro concedendo, de maneira formal, a acreditação diplomática a um representante designado para ser o embaixador do país de origem no país de acolhimento.

O primeiro a ser recebido por Temer foi o embaixador da República Democrática do Congo, Mutombo Bakafwa Nsenda. Na sequência, o presidente conversou com Burhanul Islam, embaixador do Paquistão. O peemedebista recebeu ainda os embaixadores Arshad Omar Esmaeel (Iraque), Kyriakos Amiridis (Grécia), Samuel Nuuyoma (Namíbia) e Zeljko Vukosav (Croácia). 

Protestos

Durante as conversas de Temer com embaixadores, manifestantes ligados à Federação Nacional dos Trabalhadores e Trabalhadoras na Agricultura Familiar faziam protesto contra Michel Temer diante do Planalto. Do salão, era possível ouvir alguns gritos. Os diplomatas foram vaiados ao passarem pela rampa principal do palácio. Na última segunda-feira (23), Dilma participou de abertura do Congresso da entidade, em Brasília, e lá afirmou que seguiria lutando para recuperar o seu mandato.

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