Com Meirelles, crise estanca e reformas avançam

  • Por Estadão Conteúdo
  • 12/05/2017 13h54
WAS10. WASHINGTON DC (EE.UU), 07/10/2016.- El Ministro de Hacienda de Brasil, Henrique Meirelles, habla hoy, viernes 7 de octubre de 2016, en una rueda de prensa en el Ronald Reagan Trade Center en Washington (EE.UU.), en el marco de las reuniones anuales del Fondo Monetario Internacional y el Banco Mundial. El Ministro Meirelles dijo que la economía de su país esta registrando un impulso de confianza con las reformas anunciadas en el congreso con el fin de dejar atrás la aguda recesión. EFE/LENIN NOLLY. EFE/LENIN NOLLY Henrique Meirelles - EFE

No jogo da linguagem do poder em Brasília, uma das máximas que vale para os ministros da Fazenda é a de que eles não podem mostrar que saíram derrotados em debates dentro e fora da Esplanada dos Ministérios. 

Completando um ano no comando da economia, depois de assumir a pasta em meio à mais longa recessão do País, Henrique Meirelles tem tido a habilidade de transformar derrotas – ou meia derrotas – em vitórias. 

Escolhido pelo presidente Michel Temer para tirar as contas públicas do buraco e garantir a recuperação econômica, o ex-presidente do Banco Central do governo Luiz Inácio Lula da Silva conseguiu implementar uma política de ajuste fiscal gradual, mas que vai manter déficits robustos até 2018.

Apesar disso, Meirelles obteve a confiança dos agentes econômicos e investidores para implementar o seu plano. O ministro sabe. “Eu diria que a primeira vitória foi a reversão das expectativas”, diz o ministro. A sua lista é seguida pela queda da inflação e a retomada do crescimento. “Já está acontecendo. Estamos com resultado positivo no primeiro trimestre”, afirma. 

Se o crescimento não veio no ritmo esperado, o governo completa agora um ano com a atividade econômica em recuperação, as metas fiscais sendo alcançadas, inflação e juros em queda e o teto do gasto aprovado pelo Congresso. 

Apesar das incertezas que ainda rondam a votação, a reforma da Previdência avança na Câmara e caminha para a principal batalha: a votação no plenário, prevista para o final do mês. 

O gradualismo fiscal de Meirelles também vem sustentando a decisão de Temer de não aumentar impostos. Quando sinalizou que isso poderia acontecer, viveu um dos momentos mais tensos à frente da pasta. “O que é isso, ministro?”, questionou a Fiesp em uma propaganda.

Cobrado por tucanos por medidas menos impopulares, anunciou um pacote de estímulo ao crescimento. O Banco Central, que estava sendo acusado de atrasar a retomada, começou a acelerar a queda dos juros. O alívio tomou conta do governo. Além das reformas, agora, novas batalhas estão sendo travadas e renovadas. 

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