Comissário da União Europeia sugere que contrato com AstraZeneca pode não ser renovado

Atrasos na entrega das vacinas têm impactado a continuidade da campanha de vacinação contra a Covid-19 no bloco

  • Por Jovem Pan
  • 19/04/2021 12h01 - Atualizado em 19/04/2021 20h23
EFE/Manuel Bruque/Archivo Enfermeira com luvas pega seringa, que está ao lado de caixas da vacina da AstraZeneca Não é a primeira vez que Thierry Breton faz críticas públicas à AstraZeneca

O Comissário de Mercados Internos da União Europeia (UE), Thierry Breton, afirmou, no domingo, 18, que o contrato de fornecimento de vacinas contra a Covid-19 da AstraZeneca com o bloco “termina em 30 de junho”, sugerindo que o bloco pode não renovar esse vínculo com a farmacêutica sueco-britânica. Durante entrevista à emissora francesa BFM, Breton disse que “nada está decidido” sobre um eventual novo contrato com a empresa, que tem atrasado as entregas dos imunizantes aos países da região. Segundo o comissário, é uma prioridade para a UE que as vacinas sejam entregues “pontualmente” conforme combinado entre as partes.

Essa não é a primeira declaração pública que Breton faz contra a AstraZeneca. O responsável pela campanha de vacinação contra a Covid-19 na União Europeia atribuiu à farmacêutica a culpa do bloco não ter conseguido cumprir o seu objetivo de inocular 80% dos idosos até o final de março. Em entrevista ao jornal francês Le Parisien, no começo de abril, o comissário afirmou que os 27 países-membro estariam no mesmo patamar que o Reino Unido em termos de imunização caso tivessem recebido todas as vacinas contratadas. “Posso dizer que a turbulência que vivenciamos deve-se exclusivamente ao fracasso da AstraZeneca em entregar. No primeiro trimestre, a AstraZeneca entregou apenas um quarto das doses que pedimos, enquanto os britânicos receberam todas, embora nosso contrato tenha sido assinado antes deles, em agosto de 2020”, defendeu.

*Com informações do Estadão Conteúdo

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