Como a polícia prendeu no litoral de SP líder do PCC que usava identidade falsa

Suspeito era alvo de outras investigações e já tinha mandado de prisão em aberto por envolvimento com a facção criminosa, mas usava outro nome para despistar a polícia, conforme a SSP-SP

  • Por Jovem Pan
  • 05/09/2025 08h32
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PE - OPERAÇÃO TURBULÊNCIA/RECIFE - GERAL - Movimentação na sede da Polícia Federal, no Recife (PE), durante Operação Turbulência que desarticulou esquema de lavagem de dinheiro em Pernambuco e Goiás e que teria movimentado mais de R$ 600 milhões desde 2010, na manhã desta terça-feira (21). O ponto de partida da investigação foi a análise de movimentações financeiras suspeitas detectadas nas contas de algumas empresas envolvidas na aquisição da aeronave que transportava o ex-governador Eduardo Campos, em seu acidente fatal. 21/06/2016 - Foto: PABLO KENNEDY /FUTURA PRESS/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO Pablo Kennedy/Estadão Conteúdo Para chegar ao suspeito, as investigações começaram em 2024, após a prisão de outro líder da facção

Um homem apontado como líder do Primeiro Comando da Capital (PCC) na região Nordeste foi preso na quarta-feira, 3, em Itanhaém, no litoral de São Paulo. O suspeito foi identificado como Sidney Romualdo, de 47 anos. Segundo a Secretaria da Segurança Pública do Estado (SSP-SP), ele é acusado de comandar todas as atividades da facção criminosa na região. O suspeito era alvo de outras investigações e já tinha mandado de prisão em aberto por envolvimento com a facção criminosa, mas usava identidade falsa para despistar a polícia, conforme a SSP-SP. A defesa dele não foi localizada. A captura foi realizada por policiais do 29.º Batalhão do Interior, no âmbito da Operação Sintonia Fina, deflagrada pela Força Integrada de Combate ao Crime Organizado em Pernambuco (Ficco/PE) – a força de segurança inclui agentes das polícias Federal, Civil, Militar, Penal, além da Secretaria da Defesa Social de Pernambuco (SDS-PE) e Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen).

Para chegar ao suspeito, as investigações começaram em 2024, após a prisão de outro líder da facção. Segundo a Polícia Federal (PF), as apurações revelaram que o grupo “mantinha intensa atividade criminosa violenta na capital, região metropolitana e interior do Estado de Pernambuco”. Ainda de acordo com a PF, a Operação Sintonia Fina é resultado da análise de elementos obtidos em outras operações, como a Manguezais (2022) e La Catedral (2024), que já haviam identificado irregularidades no sistema prisional pernambucano.

A ação teve como objetivo desmantelar um grupo criminoso suspeito de uma série de crimes, incluindo tráfico de drogas, comércio ilegal de armas de fogo, homicídios e lavagem de dinheiro. Conforme as investigações, os suspeitos movimentaram mais de R$ 328 milhões nos últimos anos, ocultando a origem ilícita dos recursos por meio do uso de empresas de fachada e de contas bancárias em nome de terceiros.

No total, foram cumpridos 21 mandados de prisão preventiva e 31 de busca e apreensão em nove cidades de Pernambuco – Recife, Jaboatão dos Guararapes, Paulista, Igarassu, Abreu e Lima, Itaquitinga, Paudalho, Tacaimbó e Caruaru -, além de Campo Grande (MS) e Itanhaém (SP). Bens e valores dos investigados também foram bloqueados.

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Em Itanhaém, equipes do 29.º Batalhão cumpriram três mandados de busca e apreensão e um de prisão em endereços ligados ao suspeito. Romualdo foi levado ao 1.º Distrito Policial do município, onde permanece à disposição da Justiça.

*Com informações do Estadão Conteúdo
Publicado por Fernando Dias

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