Compare antes de comprar: Procon constata 80% de diferença no preço do mesmo ovo de Páscoa
Em um levantamento sobre ovos de Páscoa, o Procon verificou que os mesmos produtos das mesmas marcas chegam a ter mais de 80% de diferença no preço dependendo do local de venda. O valor das barras de chocolate também varia. Uma barra de 100g que custa R$ 2,99 no Carrefour, por exemplo, chega a R$ 5,65 no Extra.
A maior variação de preço foi registrada no ovo Surpresa LOL, de 150 g, da Nestlé, encontrado por R$ 39,80 no Andorinha Supermercado e por R$ 74,99 nas Lojas Americanas.
Para fugir dos preços, mas garantir o chocolate, a cada ano mais consumidores optam pelas barras. Pesquisa do Google Survey, que coletou respostas de 500 pessoas em fevereiro de 2019, em questionários virtuais, mostra que nos últimos três anos, 49% dos consumidores trocaram os ovos pelas barras de chocolate; 44% optaram por chocolates mais baratos e somente 1% dos brasileiros manteve os tradicionais ovos na lista de compras para a época – as respostas foram computadas de modo a haver equilíbrio de sexo, idade e local de origem do entrevistado.
O estudo revela que, ainda assim, 85% dos internautas entrevistados vão celebrar a data e 80% pretendem comprar chocolates para a ocasião em 2019.
Nesta época, o site de buscas afirma que a procura por marcas de chocolate aumenta de 30% para 45%. Destes interessados, 83% são mulheres e 51% têm filhos pequenos – a maioria (39%) tem entre 25 e 34 anos.
Indústria otimista
Para a Associação Brasileira das Indústrias de Chocolates, Amendoim e Balas (Abicab), a troca de produtos não põe em risco esse mercado. “A tradição ainda é mantida por muito dos brasileiros e é complementada com o chocolate tradicional”, afirma Ubiracy Fonsêca, presidente da Abicab.
A indústria de chocolate está otimista com a Páscoa deste ano. Depois de produzir mais de 11 mil toneladas de ovos e produtos de Páscoa em 2018, número 26% maior que o registrado no ano anterior, o setor prevê novo crescimento em 2019.
“Estamos confiantes. O mercado de chocolate volta a ganhar penetração nos lares brasileiros com maior consumo das figuras de Páscoa, como também de produtos regulares”, diz Fonsêca.
Segundo a Abicab, para atender à demanda de Páscoa deste ano, as indústrias e o varejo abriram mais de 18 mil vagas de empregos temporários.
Sobre o aumento no preço dos produtos relacionados à época, Fonsêca afirma que o preço do chocolate é afetado por diferentes fatores, e não somente pelo custo do cacau: o preço do açúcar e do leite, por exemplo, assim como a variação do dólar, contratações, distribuição e impostos, também influenciam a formação do preço.
Em todo o ano de 2018, o setor de chocolates faturou R$ 13,3 bilhões no Brasil, segundo dados do Euromonitor. No País, os principais fabricantes de chocolate e derivados gera mais de 42 mil empregos diretos.
No ano passado, houve aumento de 6,5% na produção de chocolate, com total de 671 mil toneladas de chocolates produzidas.
*Com informações do Estadão Conteúdo
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