Conflito armado não resolveria crise na Venezuela, diz Flávio Bolsonaro

Flávio reforçou que o governo brasileiro está tratando o assunto de forma “pé no chão”

  • Por Jovem Pan
  • 02/05/2019 12h54 - Atualizado em 02/05/2019 13h55
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Daniel Castelo Branco/Estadão Conteúdo Além de acompanhar a crise, o parlamentar ressaltou a importância de acolher venezuelanos que entram no País

O senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) afirmou que um conflito armado não resolveria a crise na Venezuela e que considera ser necessária outro tipo de ação para restabelecer a democracia naquela nação.

“Há um norte sobre essa questão para o governo de que só vai se resolver, não é uma guerra entre Brasil e Venezuela, mas é um problema que só vai se resolver ao se restabelecer a democracia na Venezuela”, disse o senador, um dos filhos do presidente Jair Bolsonaro, durante reunião da Comissão de Relações Exteriores do Senado.

Ele reforçou que o governo brasileiro está tratando o assunto de forma “pé no chão” e acompanha a situação de forma apreensiva. Não haveria, ressaltou, nenhum interesse em conflito armado no país vizinho.

Além de acompanhar a crise, o parlamentar ressaltou a importância de acolher venezuelanos que entram no País.

Congresso Nacional

O senador afirmou também que uma decisão do presidente Jair Bolsonaro sobre a Venezuela, dependendo de qual for, deve passar pelo Congresso Nacional. Na terça-feira, 30, Bolsonaro disse que qualquer hipótese seria decidida “exclusivamente” por ele ouvindo o Conselho de Defesa Nacional. O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), rebateu lembrando que uma declaração de guerra a outra nação dependeria de autorização do Congresso.

“Quem tem que decidir é o presidente com o conselho que ele tem e a decisão que for tomada, dependendo de qual for, passa pelo Congresso”, afirmou Flávio Bolsonaro, nesta quinta-feira, 2, quando perguntado se o País poderia ceder espaço para aeronaves norte-americanas em caso de intervenção na Venezuela.

Além disso, o parlamentar afirmou que o governo brasileiro deve seguir monitorando a situação e está agindo com ajuda financeira e humanitária. Para ele, o impasse só vai ser normalizado quando a democracia for restabelecida no país vizinho. “De que forma isso vai acontecer, é o tempo que vai dizer”, observou.

Ele evitou estimar o desenrolar da crise. Citou que começa a haver algum racha perto da cúpula das Forças Armadas da Venezuela, mas não quis opinar sobre a atitude do autoproclamado presidente interino, Juan Guaidó, de ter anunciado um apoio de militares no país. “É um dia de cada vez. Não tem como avaliar se superestimou ou subestimou (o apoio).”

*Com Estadão Conteúdo

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