De Marielle a Manchinha: Confira 9 crimes que chocaram o Brasil em 2018

  • Por Marina Ogawa/Jovem Pan
  • 31/12/2018 09h00 - Atualizado em 31/12/2018 09h43
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Montagem A Jovem Pan separou 9 crimes que chocaram o país neste ano

2018 está chegando ao seu fim, mas infelizmente muitos números negativos continuam a crescer, como o de crimes. Neste ano tivemos inúmeros e alguns impactaram a vida não só das famílias envolvidas, mas também por conta das brutalidades dos casos.

A Jovem Pan separou 9 crimes que chocaram o país neste ano. Relembre:

1. Marielle Franco e Anderson Gomes

No dia 14 de março, a vereadora do PSOL Marielle Franco foi alvo de uma execução na região central do Rio de Janeiro. Seu carro foi alvo de tiros e tanto ela quanto seu motorista, Anderson Gomes, morreram. O caso segue sem solução. A suspeita é de que milicianos são responsáveis pelo crime.

O vereador Marcello Siciliano (PHS) é investigado como suspeito de ter ordenado o crime. Siciliano declarou que, ao levantar suspeitas contra ele, estão “querendo matar outro vereador com o mesmo tiro”.

Marielle Franco foi assassinada no Rio, em março (Arquivo/Guilherme Cunha/Alerj)

2. Daniel Correia

O jogador de futebol Daniel Correia foi morto em 27 de outubro, em São José dos Pinhais, na região metropolitana de Curitiba. Seis pessoas foram presas até o momento por causa do assassinato. Ainda não se tem certeza sobre o motivo que levou Edison Brittes a assassinar o jogador – ele alega que Daniel estuprou Cristiana. Daniel foi encontrado degolado e sem o pênis.

Edison Brittes Junior (assassino confesso), Eduardo Henrique da Silva, Ygor King e David Willian Vollero Silva foram denunciados por homicídio triplamente qualificado e também por ocultação de cadáver e fraude processual. Cristiana, por enquanto, está enquadrada como suspeita de homicídio. A filha dela, Allana, está indiciada por coação de testemunha e fraude processual. Já Evellyn Perusso foi denunciada por fraude processual e falso testemunho.

Daniel não teve espaço com o técnico Diego Aguirre este ano e acabou emprestado em junho para o São Bento (Reprodução/Twitter)

3. Tatiane Spitzner

A advogada Tatiane Spitzner foi morta em 22 de julho no apartamento em que morava com o marido, Luis Felipe Manvailer, no centro de Guarapuava, região central do Paraná. O marido chegou a dizer que Tatiane pulou da sacada e morreu, mas imagens de câmeras de segurança apontaram que no dia do crime ela sofreu diversas agressões de Manvailer.

Tatiane foi morta por esganadura e depois jogada do 4º andar do edifício em que moravam. Luis Felipe é réu por ter cometidos os crimes de homicídio com quatro qualificadoras (asfixia mecânica, dificultar defesa da vítima, motivo torpe e feminicídio), cárcere privado e fraude processual.

Reprodução

Imagens de câmeras de segurança mostraram as agressões sofridas por ele (Reprodução)

4. Juliane dos Santos

No dia 1º de agosto, Juliane dos Santos foi a Paraisópolis comemorar o nascimento de um bebê de amigos, e a celebração continuou em um bar. Segundo testemunhas, quando voltou do banheiro, ela ouviu a reclamação de que um celular havia sumido. Neste momento, teria tirado a arma da cintura e se identificado como policial. Cerca de 40 minutos depois, ainda de acordo com testemunhas, quatro homens invadiram o local, balearam a policial duas vezes e a levaram.

No dia 02 de agosto, a policial militar Juliane dos Santos Duarte foi dada como desaparecida na favela de Paraisópolis. No dia 06 do mesmo mês o corpo da PM foi encontrado a cerca de oito quilômetros da favela. Três pessoas foram acusadas de participar do assassinato da PM.

O caso de Juliane mobilizou a Polícia Militar (Divulgação)

5. George Alves

O pastor George Alves foi acusado de estuprar e matar seu filho e seu enteado em Linhares, no Espírito Santo, em 21 de abril. Inicialmente, ele alegou que a casa pegou fogo enquanto dormia, e disse que tentou resgatar as crianças. O pastor foi preso no dia 28 de abril, quando a perícia apontou que ele estuprou, agrediu e colocou fogo no filho e enteado ainda vivos.

Ele chegou até chorar em uma coletiva afirmando que tentou salvar as vítimas. Mas, segundo a polícia, a versão dele não estava de acordo com os fatos apurados durante as investigações. A mãe dos meninos, a pastora Juliana Sales, também foi presa por omissão no caso da morte dos filhos. Segundo a Justiça, Juliana sabia dos abusos sexuais cometidos pelo marido e que o casal tinha planos para usar a morte das crianças para se promover na igreja.

O pastor foi preso no dia 28 de abril (Reprodução/TV Globo)

6. Vitória Gabrielly

A menina Vitória Gabrielly desapareceu no dia 08 de junho, em Araçariguama, no interior de São Paulo, e teve o corpo encontrado oito dias depois em um matagal. Ela foi morta por engano, segundo confirmou a Polícia Civil no início de julho.

O depoimento de um homem ouvido no DHPP foi decisivo para que fosse descoberta a motivação do crime. O homem disse aos policiais que devia cerca de R$ 7 mil a um traficante e que, por isso, estava recebendo ameaças de morte. A testemunha declarou também que tem uma irmã com as mesmas características da adolescente morta e que sabia que o traficante costumava punir integrantes da família dos devedores. A 1ª Vara Criminal de São Roque recebeu a denúncia contra os três acusados de matar a jovem.

Vitória Gabrielly foi morta por engano, segundo confirmou a Polícia Civil no início de julho (Reprodução)

7. Atentado em Campinas

Euler Grandolpho, de 49 anos, abriu fogo durante uma missa na Catedral Metropolitana de Campinas (SP), na tarde do dia 11 de dezembro, e depois se suicidou. Cinco pessoas morreram.

Diário aprendido pela Polícia Civil de São Paulo indica que o atirador planejava o atentado desde 2008. Os agentes também encontraram fotos do autor do ataque com a pistola 9 mm utilizada no crime. Além disso, foi achado um gravador no qual estavam armazenados áudios em que Euler Grandolpho fala sobre a disposição em cometer a chacina.

Diário aprendido pela Polícia Civil de São Paulo indica que o atirador planejava o atentado desde 2008 (EFE)

8. Cachorro Manchinha

Um segurança terceirizado da rede Carrefour foi acusado de agredir brutalmente e em seguida envenenar um cachorro de rua que circulava pelo estacionamento do local em Osasco. O caso ocorreu no dia 28 de novembro. De acordo com denúncia feita pelas redes sociais, o homem partiu para as agressões a pedido de seus superiores.

A Delegacia do Meio Ambiente de Osasco, na Região Metropolitana de São Paulo, concluiu o inquérito no dia 18 de dezembro. Por enquanto, o segurança – cujo nome não foi divulgado – deve responder em liberdade pelo crime de abuso e maus-tratos a animais. Como o crime é considerado de menor potencial, mesmo se ele for condenado, não irá para a prisão.

A morte do cachorro Manchinha mobilizou ativistas e redes sociais (Reprodução/Twitter)

9. Rayane Alves

A jovem estava desaparecida desde o dia 21 de outubro após sair de uma festa em Mogi das Cruzes. Seu corpo foi encontrado sete dias depois em Guararema no interior paulista, com um cadarço enrolado no pescoço e já em estado de decomposição.

Um homem de 28 anos foi preso na madrugada do dia 31, em Mogi das Cruzes, São Paulo, pela Polícia Civil. Ele confessou ter matado a estudante Rayane Paulino Alves, de 16 anos. Além de se enquadrar no crime de homicídio qualificado, ele também vai responder por estupro.

Rayane Paulino Alves, de 16 anos, estava desaparecida desde 21 de outubro. O corpo dela foi encontrado no último domingo (28), em Guararema, interior paulista, com um cadarço amarrado no pescoço

O corpo dela foi encontrado em Guararema, interior paulista, com um cadarço amarrado no pescoço (Divulgação)

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