Dono de sítio usado por Lula pede acesso a inquérito da Lava Jato

  • Por Agência Estado
  • 19/02/2016 12h38
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SP - LULA/SÍTIO - POLÍTICA - Imagens obtidas com o uso de drone mostram o sítio localizado em Atibaia, no interior de São Paulo, que seria frequentado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A propriedade é investigada por procuradores da Operação Lava Jato. 09/02/2016 - Foto: CARLOS NARDI/WPP/ESTADÃO CONTEÚDO CARLOS NARDI/WPP/ESTADÃO CONTEÚDO Sítio localizado em Atibaia

A defesa do empresário Fernando Bittar, um dos donos do Sítio Santa Bárbara, em Atibaia (SP), frequentado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, pediu ao juiz federal Sérgio Moro acesso ao inquérito da Polícia Federal que investiga a compra da propriedade, em 2010, e as obras realizadas no local supostamente feitas pela OAS e Odebrecht, com a atuação do pecuarista José Carlos Bumlai – amigo do petista.

Bittar é sócio de um dos filhos de Lula e filho do ex-prefeito de Campinas Jacó Bittar (PT), com quem o ex-presidente tem relações próximas desde a década de 1980. Ele é um dos investigados pela força-tarefa do Ministério Público Federal, em procedimento aberto especificamente para apurar as relações de Lula com o Sítio Santa Bárbara.

“O Peticionário foi intimado para prestar esclarecimentos nos autos do PIC (Procedimento de Investigação Criminal) número 1.25 000.003350/2015-98, perante a denominada “Força Tarefa Lava Jato”, do MPF de Curitiba”, informa o criminalista Alberto Zacharias Toron, defensor de Bittar. “Referido procedimento tem por escopo, no que diz com Fernando Bittar, a apuração da aquisição da ‘Chácara Santa Bárbara’, localizada no Município de Atibaia/SP.”

Bittar e Fernando Suassuna, o outro dono do sítio e também sócio de Fabio Luis Lula da Silva, o Lulinha, devem ser ouvidos pela força-tarefa da Lava Jato na próxima semana.

O criminalista, defensor de Bittar, informa no pedido que, desde que seu cliente foi intimado, “inúmeras” reportagens têm sido publicadas a cerca do assunto, entre elas, notícias sobre o suposto envolvimento das empreiteiras investigadas por corrupção na Petrobras e sobre a abertura de um inquérito específico sobre o imóvel rural.

“Considerando o inegável interesse do Peticionário no objeto do IPL (inquérito policial) que veio a ser instaurado para apuração de aquisição de sítio de sua propriedade e da inconteste inter-relação entre o referido IPL e o PIC no 1.25.000 003350/2015-98, requer-se vista e cópia do procedimento investigatório policial instaurado”, solicita Toron, em petição do dia 17.

O pedido foi apresentado a Moro dentro do inquérito que apura executivos da OAS. Foi nesse procedimento que iniciaram-se as apurações sobre irregularidades na aquisição e nas benfeitorias do Sítio Santa Bárbara.

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