Dyogo: déficit de 2017 reflete queda de receita administrada e previdenciária

  • Por Estadão Conteúdo
  • 07/07/2016 20h57
Brasília - O ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira, durante coletiva no Palácio do Planalto (Valter Campanato/Agência Brasil) Valter Campanato/Agência Brasil Dyogo Oliveira

Após a previsão do quarto rombo consecutivo nas contas públicas, com um déficit de R$ 139 bilhões para o governo central em 2017, anunciado pela junta orçamentária (Fazenda, Casa Civil e Planejamento), o ministro interino do Planejamento, Dyogo Oliveira, afirmou que o resultado do próximo ano reflete a continuidade de um processo de queda das receitas administradas e das previdenciárias. “A receita previdenciária, mesmo não considerando a desoneração, cairá, em 2017, para 5,6% do PIB, ante um nível de 5,9% em 2016”, disse.

O ministro afirmou ainda que, com os números divulgados nesta quinta-feira, 7, o governo já aplica a proposta que limita o crescimento da despesa conforme a inflação. Para 2017, a previsão é de que a despesa total termine o ano em R$ 1,321 trilhão, enquanto as receitas totais fecharão em R$ 1,127 trilhão, gerando um déficit de R$ 194 bilhões. 

“Adicionando um esforço fiscal de R$ 55,4 bilhões, conseguimos alcançar esse déficit de R$ 139 bilhões. Esse esforço será detalhado na lei orçamentária a partir de uma série de receitas com concessões, ativos”, esclareceu. Os cálculos do governo contam ainda com uma retração de 0,5 ponto porcentual das despesas discricionárias em 2017 ante 2016.

Para o déficit da Previdência Social, a previsão é de que seja de 2,7% do PIB em 2017, partindo de um patamar de 2,3% em 2016. “Um crescimento de R$ 36 bilhões no déficit da Previdência que deve fechar 2017 entre R$ 190 bilhões e R$ 200 bilhões”, afirmou Dyogo.

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