Entenda o que se sabe sobre o ataque a escola em São Paulo

Autor dos disparos na Escola Estadual Sapopemba se entregou às autoridades na manhã desta segunda-feira, 23

  • Por Jovem Pan
  • 23/10/2023 13h41 - Atualizado em 23/10/2023 13h48
PETER LEONE/O FOTOGRÁFICO/ESTADÃO CONTEÚDO ataque-escola-estadual-sapopemba-PETER LEONE-O FOTOGRÁFICO-ESTADÃO CONTEÚDO (2) A Polícia Militar (PM) foi acionada para uma ocorrência de ataque com arma de fogo dentro da Escola Estadual Sapopemba, na zona leste de São Paulo, na manhã desta segunda-feira, 23

A Escola Estadual Sapopemba, na zona leste da capital paulista sofreu um ataque a tiros na manhã desta segunda-feira, 23. Um indivíduo armado disparou contra estudantes da unidade educacional. De acordo com a Secretaria de Segurança Pública (SSP), policiais militares prenderam o indivíduo e apreenderam sua arma de fogo. Confira abaixo o que se sabe até o momento sobre o caso.

Mortos e feridos

A Polícia Militar (PM) de São Paulo foi acionada por volta das 7h30 desta segunda-feira, 23, pela ocorrência de disparo de arma de fogo dentro da unidade escolar. Três alunas foram baleadas no local, e uma delas, de 17 anos, foi atingida na cabeça e teve a morte confirmada no pronto-socorro do Hospital Sapopemba, conforme informou a PM à repórter Beatriz Manfredini, da Jovem Pan News. As outras duas vítimas dos disparos foram baleadas na região do tórax e clavícula, respectivamente, e seguem em atendimento no mesmo hospital. Outro ferido apresentou uma lesão, mas não foi atingido pelos disparos. O Helicóptero Águia da PM foi acionado e mais 20 viaturas para atender a ocorrência na unidade escolar localizada na Rua Senador Lino Coelho, no Jardim Sapopemba.

Autor do crime

O autor dos disparos se entregou à PM após atirar contra as três alunas. Se trata de um aluno de 16 anos, do 1º ano do Ensino Médio. A Polícia Civil afirma que a arma é do pai do aluno e que o revólver calibre 38 é legalizado. As autoridades apontam que o atirador havia feito um boletim de ocorrência no dia 24 de abril deste ano, afirmando ter sofrido agressões e ameaças de outros alunos. Nas redes sociais, surgiram vídeos que registram ofensas verbais e agressões contra um aluno que supostamente seria o autor do crime. O caso é investigado pelo 70º Distrito Policial (Vila Ema). O governo do Estado de São Paulo emitiu nota pedindo para que vídeos do ataque não sejam reproduzidos na internet: “É de conhecimento geral que estes vídeos causam o chamado ‘efeito contágio’, estimulando novos episódios. Pedimos a colaboração de todos os veículos para que respeitem esta orientação”.

Repercussão

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se pronunciou, juntamente com outras autoridades, a respeito do ataque. “Recebi com muita tristeza a notícia do ataque na Escola Estadual Sapopemba, zona leste de São Paulo. Meus sentimentos aos familiares da jovem assassinada e dos estudantes feridos. Não podemos normalizar armas acessíveis para jovens na nossa sociedade e tragédias como essas”, escreveu o presidente em seu perfil no X (antigo Twitter). O governador de São PauloTarcísio de Freitas (Republicanos), também se manifestou sobre o ataque. “Estamos consternados com mais um terrível ataque nas nossas escolas (…) Nesse momento, a prioridade é apoiar os estudantes, professores e familiares. Toda minha solidariedade às famílias e a todos os afetados neste triste episódio”, escreveu o governador em seu perfil no X (antigo Twitter).

O ministro da Justiça, Flávio Dinodeu declaração em sua rede social e anunciou medidas: “Solidariedade às vítimas, suas famílias e à comunidade da escola estadual de São Paulo, alvo de ataque com arma de fogo”. De acordo com o ministro o Laboratório de Crimes Cibernéticos do Ministério da Justiça foi acionado para auxiliar a polícia paulista a “aprofundar as investigações”. O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB) se solidarizou com as vítimas. “Meus sentimentos aos amigos e familiares neste momento de dor. Torço pela pronta recuperação dos feridos socorridos ao hospital do bairro (…) Estou em contato com o Estado para oferecer o suporte necessário”, escreveu o prefeito. Em sua rede social, o secretário de Segurança de São Paulo, Guilherme Derrite, afirmou que mobiliza esforços “para dar o apoio necessário à comunidade escolar que vive esse dia de luto”.

Comentários

Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.