Exército questiona prefeituras do Rio sobre a capacidade de sepultamento

  • Por Jovem Pan
  • 17/04/2020 10h44 - Atualizado em 17/04/2020 10h46
Justin Lane/EFE O Comando Conjunto Leste afirmou que planeja sua atuação com base em cenários hipotéticos, "visando mitigar os efeitos nocivos da pandemia junto à sociedade."

O Exército brasileiro, por meio do Comando Conjunto Leste, enviou um ofício a prefeituras do interior do Rio de Janeiro em que questiona a capacidade de sepultamento em massa desses municípios.

Escrito no dia 9 de abril, o documento pede que seja realizado um “levantamento de dados estatísticos referentes a quantidade de cemitérios, disponibilidade de sepulturas e capacidade de sepultamentos diários, em suas respectivas áreas de responsabilidade.”

Quem assina o ofício é o coronel Luis Mauro Rodrigues Moura, chefe da Seção de Serviço Militar. O Comando Conjunto Leste tem atuação no Rio, Espírito Santo e Minas Gerais.

O documento foi exposto nas redes sociais do prefeito de Três Rios, no interior fluminense, Josimar Salles (PDT). “Se o Exército está perguntando isso é porque estão fazendo o levantamento estatístico sobre a possibilidade de um caos na nossa Saúde pública.”

“Diante de um documento como esse vindo de uma instituição das mais respeitadas do Brasil, o Exército brasileiro, pedindo informações sobre o número de cemitérios, o número de sepulturas, a nossa capacidade para poder sepultar pessoas, eu não posso de forma alguma afrouxar as nossas medidas”, disse ele

Em nota, o Comando Conjunto Leste afirmou que planeja sua atuação com base em cenários hipotéticos, “visando mitigar os efeitos nocivos da pandemia junto à sociedade.” O documento, segundo o Exército, tem como objetivo coletar dados para um dos cenários aventados.

Os militares também disseram que estão atentos às consequências da pandemia e que, “sob a ótica da missão constitucional do Exército Brasileiro e da proteção da Família Militar”, apoiam o “esforço nacional” de combate ao coronavírus.

No Rio de Janeiro, 301 pessoas já morreram vítimas de coronavírus. Ao todo, 3.944 foram confirmados no Estado até a tarde desta quinta-feira (16).

*Com informações do Estadão Conteúdo

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