Fiocruz faz pedido de uso emergencial da vacina de Oxford à Anvisa
Imunizante começou a ser administrado no Reino Unido nesta semana; agência tem 10 dias para analisar a proposta
A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) enviou nesta sexta-feira, 8, o pedido de uso emergencial da vacina contra Covid-19 desenvolvida pela Universidade de Oxford e pela AstraZeneca à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A Fiocruz é responsável por conduzir os estudos do imunizante no Brasil. Ao todo, mais de dez mil voluntários participaram dos testes da vacina no país. Nesta manhã, o Instituto Butantan também enviou à agência um pedido para o uso emergencial da vacina CoronaVac. A Anvisa tem 10 dias para analisar os documentos, mas ressalta que o prazo não considera o eventual tempo que o processo possa ficar pendente de informações, que devem ser apresentadas pelo laboratório. Segundo a Anvisa, o pedido da Fiocruz é para o uso de 2 milhões de doses de vacinas que devem ser importadas do laboratório Serum, sediado na Índia.
A agência já iniciou a triagem dos documentos presentes na solicitação, assim como a proposta de uso emergencial que o laboratório pretende fazer. Para fazer sua avaliação, a Anvisa também irá considerar as informações já analisadas por meio da Submissão Contínua. Em novembro de 2020, os resultados preliminares dos estudos clínicos mostraram uma eficácia de 62% entre as pessoas que receberam duas doses completas da vacina de Oxford e de 90% entre os que receberam meia dose e, depois de um mês, uma dose inteira. Em dezembro, diretor-executivo da farmacêutica britânica AstraZeneca, Pascal Soriot, garantiu que o laboratório descobriu a “fórmula vencedora” para fazer com que a sua vacina contra a Covid-19, desenvolvida em parceria com a Universidade de Oxford, tenha um nível de eficácia similar ao da Pfizer–BioNTech, que é de de 95%, e ao da Moderna, de 94%. A população do Reino Unido, que já estava sendo vacinada com o imunizante da Pfizer, começou a receber doses da vacina de Oxford na última segunda-feira, 4.
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