Gleisi: se juízes do TRF-4 confirmarem condenação de Lula, rasgarão Constituição

  • Por Estadão Conteúdo
  • 24/01/2018 14h32 - Atualizado em 24/01/2018 14h47
Ricardo Stuckert/Instituto Lula Ricardo Stuckert/Instituto Lula Presidente do PT, senadora Gleisi Hoffmann (PR), afirma que o partido vai recorrer, " seja qual for o resultado" do julgamento no TRF-4

A presidente do PT, Gleisi Hoffman (PR), disse no início da tarde desta quarta-feira, 24, que se os juízes do TRF4 – que estão julgando a ação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva contra a condenação imposta pelo juiz Sérgio Moro, no caso do tríplex do Guarujá – confirmarem a decisão do juiz condutor da Lava Jato em Curitiba, eles estarão “rasgando a Constituição”.

“Não vamos aceitar uma sentença que não seja justa. Vamos recorrer, seja qual for o resultado de hoje”, disse a dirigente petista.

Gleisi agradeceu aos manifestantes que estão nesta quarta em Porto Alegre mobilizados na defesa de Lula – estão presentes membros de sindicatos, do MST e até mesmo integrantes da Força Sindical. Antes do final do voto do relator da ação no TRF-4, desembargador João Pedro Gebran Neto, ela já dizia que a sentença do magistrado a respeito de Lula seria condenatória.

Gebran Neto Neto manteve a condenação imposta em primeira instância pelo juiz Moro. Além disso, decidiu aumentar a pena total imposta ao petista pelos crimes de lavagem de dinheiro e corrupção passiva. Em vez de 9 anos e 6 meses, o magistrado pediu, em seu voto, pena de 12 anos e meio de reclusão de regime fechado. Depois dele, ainda votam os desembargadores Leandro Paulsen e Victor Laus.

Gleisi disse, ainda, que o Gebran Neto gastou mais de uma hora para refutar a tese da defesa do ex-presidente que coloca Moro sob suspeição e outra hora para defender o a exibição de power point feita pelo Ministério Público.

A presidente do PT afirmou ainda ter esperança de que os outros dois desembargadores sejam mais técnicos em seus votos. E informou que as centrais sindicais estão preparando uma greve geral para breve. ” A partir deste momento, é radicalização da luta.”

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