Governadores reclamam de ‘falta de ação’ do governo e preparam demandas

  • Por Jovem Pan
  • 23/04/2019 16h06
Reginaldo Pimenta/Estadão Conteúdo Witzel se reuniu com mais 23 representantes dos Estados em Brasília

Governadores declararam, nesta terça-feira (23), após uma reunião com representantes de 24 Estados em Brasília, estarem insatisfeitos com a “falta de ação” do governo federal no andamento das pautas. Além da reforma da Previdência, eles reclamaram do fato do governo federal não ter enviado ainda o Plano de Reequilíbrio Financeiro, chamado de “Plano Mansueto”, ao Congresso Nacional. O pacote pretende oferecer aval do Tesouro Nacional a empréstimos dos Estados em troca de ajustes nas contas.

Segundo o governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC), “tudo que o ministro Paulo Guedes tem falado, além da reforma da Previdência, ainda por escrito não foi apresentado. Então nós precisamos agora partir para a ação, parar de falar e agir”.

A cobrança já havia sido feito pelo governador de Goiás, Ronaldo Caiado (DEM), que afirmou já ter feito ajustes fiscais à espera de um socorro financeiro da União. “Já fiz a tarefa de casa e até agora sequer o projeto foi encaminhado para o Congresso. Esperávamos que essa matéria já tivesse sido levada desde o início do mês de abril”, afirmou.

Em razão disse, os governadores falaram que irão apresentar, nos dias 8 e 9 de março, um pacote de demandas para o Congresso e para o Supremo Tribunal Federal (STF). Além disso, tentam uma audiência com o presidente Jair Bolsonaro e o ministro da Economia, Paulo Guedes.

Entre as demandas, também estão uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) para aumentar a participação da União no Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb), uma solução para a compensação de recursos previstos pela Lei Kandir, a aprovação do projeto que permite a securitização da dívida ativa e a antecipação de recursos da cessão onerosa – medida prometida por Guedes.

Witzel também citou a a intenção de apresentar uma proposta de emenda à Constituição para permitir que governos estaduais abram processos de concessão de portos, aeroportos, rodovias e ferrovias que pertencem à União. Além disso, cobrou uma solução ao STF para as decisões judiciais que obrigam Estados a aumentaram gastos. “Hoje há um ativismo judicial em várias questões de Estado que impactam o orçamento, inclusive com relação a concursos públicos determinados pela Justiça”, exemplificou, alegando que o governo do Rio acumulou, desde o início do ano, gastos extras na ordem de R$ 3 bilhões após decisões judiciais.

* Com informações da Agência Estado

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