Governo deve anunciar aumento da meta e sinais são de “grande preocupação”

  • Por Jovem Pan com Estadão Conteúdo
  • 10/08/2017 15h06 - Atualizado em 10/08/2017 15h42
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Rafael Neddermeyer/ Fotos Públicas Notas de 100 reais enfileiradas A expectativa é que a meta suba de R$ 139 bilhões para R$ 159 bilhões neste ano. Pro ano que vem, a meta era de R$ 129 bilhões de prejuízo e que também deve chegar aos R$ 159 bilhões

A assessoria de imprensa da Presidência da República informou nesta tarde de quinta-feira, 10, que acabou a reunião do presidente Michel Temer com a equipe econômica e com líderes. Segundo o Planalto, não haverá falas. O presidente participará ainda nesta tarde de cerimônia no Palácio do Planalto para anunciar a distribuição do lucro do FGTS para os trabalhadores.

Fontes do Planalto disseram, entretanto, que o anúncio ficará para segunda-feira, pois ainda não foram fechados todos os pontos. Na reunião, Temer pediu mais detalhes sobre medidas que serão tomadas.

A expectativa é que a meta suba de R$ 139 bilhões para R$ 159 bilhões neste ano. Pro ano que vem, a meta era de R$ 129 bilhões de prejuízo e que também deve chegar aos R$ 159 bilhões. O que se ouve no Planalto é que o governo ainda irá trabalhar para diminuir este valor esperado para 2018. Além disso, o reajuste para servidores públicos que entraria em vigor em janeiro do ano que vem, deve ficar para 2019, já que o governo não tem dinheiro para promover tal ação.

A decisão do governo de tentar antecipar o anúncio de mudança na meta fiscal deste ano para um rombo próximo a R$ 159 bilhões demonstrou mais uma vez a divisão dentro da equipe econômica sobre o “timing” da medida. Integrantes do Ministério da Fazenda pregavam que era preciso aguardar os dados da arrecadação de agosto e também o resultado obtido com o programa de parcelamento de débitos tributários, o Refis, antes de qualquer definição, enquanto outra ala da área econômica defendia que, diante da situação dramática, não era possível esperar essas informações para tomar uma posição.

O discurso do governo é que a situação econômica do Brasil está sob controle e que saiu da pior recessão da história, mas o sinais que são passados no Planalto são de uma grande preocupação.

Participaram da reunião os ministros Eliseu Padilha (Casa Civil), Henrique Meirelles (Fazenda); Dyogo Oliveira (Planejamento), Moreira Franco (Secretaria-Geral da Presidência) e os presidentes do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), e da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ). Também estavam presentes Romero Jucá (PMDB-RR), líder do governo no Senado; deputado André Moura (PSC-SE), líder do governo no Congresso; deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), líder do governo na Câmara dos Deputados; e deputado Lelo Coimbra (PMDB-ES), líder da maioria na Câmara.

*As informações são da repórter Luciana Verdolin

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