Governo federal divulga cadernos de prova do ‘Enem dos Concursos’
Foram feitas 36 versões diferentes dos exames como medida de segurança para evitar fraudes; gabarito oficial sairá nesta terça-feira
O governo federal divulgou neste domingo (18) o acesso aos cadernos de prova do Concurso Nacional Unificado (CNU), também conhecido como “Enem dos Concursos”. As provas podem ser acessadas no site oficial do concurso (CLIQUE AQUI) e no portal da Fundação Cesgranrio (CLIQUE AQUI), organizadora do certame. Para acessar pelo site da Cesgranrio, é necessário fazer login na plataforma gov.br. Foram feitas 36 versões diferentes das provas como medida de segurança para evitar fraudes. Cada versão contém o mesmo conjunto de questões, mas a ordem delas e das alternativas varia em cada caderno, diferente do formato do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio).
O CNU é o maior concurso em número de inscritos da história do Brasil, com mais de 2 milhões de candidatos habilitados, dos quais cerca de 1 milhão compareceram às provas realizadas em mais de 200 cidades neste domingo. A ministra da Gestão e da Inovação, Esther Dweck, informou que a abstenção ficou em torno de 52% a 53%, índice considerado abaixo do esperado em comparação a outros concursos recentes. As provas foram aplicadas em duas etapas: durante a manhã, os candidatos a vagas de nível superior responderam a 20 questões de conhecimentos gerais, enquanto os candidatos de nível médio fizeram 15 questões de língua portuguesa e uma redação. À tarde, os candidatos foram avaliados em conhecimentos específicos, conforme a área escolhida.
O gabarito oficial será divulgado nesta terça-feira (20), com as notas finais previstas para 8 de outubro, e os resultados finais, em 21 de novembro. A posse dos aprovados deve ocorrer a partir de janeiro de 2025. Dweck destacou que a aplicação das provas ocorreu sem grandes incidentes, com menos de 0,2% dos locais registrando algum tipo de problema, como falhas temporárias de energia. Cerca de 500 candidatos foram desclassificados por não cumprirem as regras do edital, incluindo a tentativa de deixar os locais de prova com os cadernos.
O custo adicional causado pela mudança de data do concurso, inicialmente previsto para maio, foi estimado em R$ 33 milhões, abaixo dos R$ 50 milhões inicialmente previstos. O advogado-geral da União, Jorge Messias, afirmou que o CNU teve um nível muito baixo de judicialização, sem ações judiciais apresentadas nas últimas 48 horas, o que ele considera um sinal de sucesso do concurso. A ministra também mencionou que o governo ainda avalia a possibilidade de realizar uma nova edição do “Enem dos Concursos” em 2025, dependendo do orçamento e da adesão dos órgãos públicos ao certame. A decisão deve ser tomada até o final deste ano ou início do próximo.
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