Homem abre fogo na Catedral de Campinas, mata cinco e se suicida
Um homem abriu fogo durante uma missa na Catedral Metropolitana de Campinas (SP), na tarde de terça-feira (11). O analista de sistemas Euler Fernando Grandolpho, de 49 anos, começou o ataque por volta das 13 horas, utilizando uma pistola e um revólver. Baleado por policiais que estavam próximos da igreja, ele foi cercado e se suicidou. Ao todo, oito pessoas foram baleadas e cinco delas morreram – uma na quarta no hospital (12).
A Polícia Civil está investigando a motivação do crime.
Após o tiroteio, a região central da cidade foi isolada por agentes de segurança, especialmente para o atendimento das vítimas. Todos os mortos são homens. Duas mulheres que ficaram feridas, receberam atendimento médico em hospitais e foram liberadas, de acordo com a prefeitura.
Ao longo do dia, diversas autoridades se solidarizaram. O padre que celebrava a missa, inclusive, gravou um vídeo, pedindo orações para o criminoso e para as pessoas atingidas.
“As pessoas estavam rezando [no momento do crime], a maioria era idosa. O homem entrou disparando contra todo mundo sem motivo. É uma cena desesperadora, uma tragédia muito grande, difícil. Uma cena que, para uma pessoa comum, fica difícil tirar da cabeça”, disse o guarda municipal Alexandre Moraes Rangel, poucos minutos após o crime.
O comandante do 8º Batalhão de Polícia Militar do Interior, major Adriano Augusto Leão, explicou que, segundo relatos, o atirador entrou na igreja – durante a missa – e se sentou em um dos bancos. De repente, ele se levantou e passou a atirar. Entre os disparos, conseguiu recarregar uma das armas. Ao todo, ele tinha ainda mais 28 projéteis.
“Policiais próximos do local ouviram os tiros e correram para a igreja. Ele continuou efetuando os disparos e os PMs conseguiram efetuar um disparo contra ele. Ele caiu e, vendo que não iria conseguir, efetuou um disparo na própria cabeça”, contou à Jovem Pan. Os documentos de Grandolpho estavam em uma mochila.
‘Polícia Federal está à disposição’
Na noite de terça, o ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, informou ter colocado a Polícia Federal à disposição do governo paulista para auxiliar nas investigações do ataque, atualmente sob responsabilidade da Polícia Civil de São Paulo. “Em síntese, estamos absolutamente disponíveis para colaborar e apoiar no esclarecimento desse caso, dessa tragédia que aconteceu lá”, afirmou.
Ele disse que conversou com o secretário estadual da Segurança Pública, Mágino Alves Barbosa Filho, logo após ficar sabendo do episódio. Mágino teria dito ao ministro que o atirador “parecia” ser uma pessoa “desequilibrada”. Os corpos estão no Instituto Médico Legal (IML) de Campinas para exames que auxiliarão nas investigações.
‘Prioridade é dar atenção aos feridos’
Momentos após o ataque, a prefeitura de Campinas publicou uma nota nas redes sociais, em que afirmava que “a prioridade no momento é dar total atenção aos feridos e às famílias das vítimas” e que “o prefeito Jonas Donizette está estarrecido com o brutal crime”.
Já a Arquidiocese local, responsável pela catedral, indicou que o templo ficaria fechado para o trabalho da polícia. “Contamos com as orações de todos neste momento de profunda dor”, diz nota da Igreja Católica regional.
Um tiroteio deixou pelo menos cinco pessoas mortas e outras quatro feridas no começo da tarde desta terça-feira (11),…
Publicado por Arquidiocese de Campinas em Terça-feira, 11 de dezembro de 2018
Publicado por Prefeitura Municipal de Campinas em Terça-feira, 11 de dezembro de 2018
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