IBP envia óleo vazado à Europa para ajudar governo em defesa internacional
Laboratórios da França e da Noruega devem receber amostras do óleo vazado no litoral do Nordeste desde o fim de agosto. O Instituto também compartilhou um banco de dados com a Marinha
Laboratórios da França e da Noruega vão receber amostras do petróleo que vazou no Nordeste para que sejam identificadas suas características e origens. O trabalho está sendo coordenado pelo Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (IBP), representante de grandes petroleiras.
A ideia é corroborar o trabalho feito por pesquisadores brasileiros, que identificaram o óleo como sendo venezuelano.
“Nada melhor para fazer uma defesa internacional do que ter laboratórios internacionais fazendo a mesma análise”, disse o presidente do IBP, José Firmo. O governo brasileiro recorreu à Organização dos Estados Americanos (OEA) para cobrar manifestação da Venezuela.
A visão do IBP é que a Petrobras foi a única petroleira a participar efetivamente do trabalho de resgate do óleo, com o envio de pessoas e equipamentos, porque tem uma atuação mais forte no Nordeste do que qualquer outra petroleira. Reconhece, porém, que esse vazamento nada tem a ver com a produção no Brasil.
“Numa crise dessa, é necessário velocidade e capacidade humana. Precisa de muito recurso. Estamos num momento de transição em que o Brasil está deixando de ser só da Petrobras para ser de várias empresas. Mas hoje quem está no Nordeste fisicamente, quem tem a grande massa crítica de operação no Nordeste é a Petrobras”, disse Firmo.
Além de mandar amostras do óleo para o exterior, o IBP contribuiu com um banco de dados das praias atingidas, entregue à Marinha.
*Com informações do Estadão Conteúdo
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