Italiano é preso no Brasil por lavar dinheiro para a máfia siciliana Cosa Nostra

Empresário é acusado de participação em associação mafiosa, extorsão, lavagem de dinheiro e transferência fraudulenta de valores

  • Por Jovem Pan
  • 13/08/2024 09h24 - Atualizado em 13/08/2024 09h24
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Divulgação / Polícia Federal Polícia Federal Uma ampla rede de colaboradores proporcionou ao empresário e à máfia o apoio necessário para concretizar as operações corporativas na Itália e no exterior - Brasil, Suíça, Hong Kong e Cingapura.

Uma operação conjunta entre a Polícia Federal e a Guarda Financeira da Itália terminou nesta terça-feira (13) com a detenção na cidade de Natal, no Rio Grande do Norte, do empresário italiano Giuseppe Bruno pela suposta lavagem de dinheiro de atividades ilegais da Cosa Nostra, a máfia siciliana. Durante a operação foram apreendidos bens financeiros no valor de 50 milhões de euros (cerca de R$ 300 milhões), bens móveis e imóveis pertencentes a 17 pessoas, todas sob investigação, e 12 empresas que operam nos setores imobiliário, de construção e de restaurantes.

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O empresário é acusado de participação em associação mafiosa, extorsão, lavagem de dinheiro e transferência fraudulenta de valores, agravados pelo objetivo de ter ajudado importantes famílias mafiosas. As investigações revelaram vestígios de investimentos significativos de capital da máfia em iniciativas empresariais e em empresas brasileiras, através do uso de testas de ferro e da interposição de empresas de fachada. À frente do sistema estaria o mafioso Giuseppe Calvaruso, chefe do bairro siciliano de Pagliarelli até sua prisão em 2021.

Uma ampla rede de colaboradores proporcionou ao empresário e à máfia o apoio necessário para concretizar as operações corporativas na Itália e no exterior – Brasil, Suíça, Hong Kong e Cingapura. Em 2019, Calvaruso teria se mudado para Natal, juntando-se a Bruno, que chegou ao Brasil em 2016, para poder continuar o desenvolvimento de iniciativas empresariais, ao mesmo tempo em que continuava a administrar as atividades criminosas de Palermo.

*Com informações da EFE
Publicado por Marcelo Bamonte

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