SP: Na falta de acordo, prefeitura pode requisitar leitos de hospitais privados
O prefeito de São Paulo, Bruno Covas, esclareceu nesta segunda-feira (4) que, caso não haja um acordo com a rede privada de saúde sobre a concessão de leitos para os pacientes com coronavírus, os hospitais privados poderão ser requisitados a ceder pela Lei Municipal 17.340, aprovada na última quinta-feira (30). Depois, serão discutidos os valores a serem pagos.
A prefeitura, de acordo com Covas, terminou de fazer um inventário sobre a quantidade de leitos nas instituições privadas e foram identificados 4.225 leitos em 247 hospitais na capital paulista, 3.970 administrados por 107 instituições, e 255 pelas demais 140.
“Com esses hospitais [é] que a gente tem priorizado a conversa. Com dois deles já assinamos contrato para disponibilizar leitos de UTI para regulação municipal, como o Hospital da Cruz Vermelha e o Hospital da Unisa. Isso já está sendo feito na cidade de São Paulo via contrato, com pagamento de preço público de R$ 2,1 mil por dia e por leito, pago pela prefeitura de São Paulo”, disse o prefeito.
No acordo fechado com a Cruz Vermelha, a prefeitura conseguiu 20 leitos de UTI inicialmente, e 40 de enfermaria. No caso da Unisa, foram obtidos 60 leitos de enfermaria, que vão funcionar como sistema de retaguarda para os hospitais de Parelheiros e do M’Boi Mirim.
Até ontem (3), a taxa de ocupação de leitos de UTI na cidade de Sâo Paulo estava em 76% nos hospitais municipais. A capital tem, segundo dados desta segunda-feira, 32.187 casos confirmados e 2.654 mortes pela Covid-19.
Centro de apoio
Bruno Covas disse que o serviço oferecido por nove unidades do Centro de Apoio ao Trabalho e Empreendedorismo (Cates), para auxiliar pessoas que estão com dificuldade de conseguir o auxílio emergencial do governo federal, estão funcionando bem.
“Algo em torno de 500 mil paulistanos que têm direito a esse auxilio, dos 2,2 milhões ainda não conseguiram fazer o registro no aplicativo disponibilizado pela Caixa Econômica Federal no dia 7 de abril. Nós atendemos 1,4 mil pessoas que tiveram agendamento pelo serviço 156”, explicou.
“Estamos tirando dúvidas dessa população e ajudando pessoas a se cadastrarem, reduzindo o número de pessoas que vão a agências da Caixa Econômica Federal”, acrescentou.
* Com informações da Agência Brasil
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