Mesmo com reforma fora da pauta, metalúrgicos e bancários mantêm greve na segunda

  • Por Jovem Pan com Estadão Conteúdo
  • 16/02/2018 19h27 - Atualizado em 16/02/2018 19h28
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Agencia Brasil Agencia Brasil Bancários de São Paulo prometem parar as atividades na próxima segunda-feira
Mesmo após a retirada da PEC da reforma da Previdência da pauta da Câmara da próxima semana – medida obrigatória, após o decreto de intervenção no Rio de Janeiro -, alguns Sindicatos decidiram manter a greve anteriormente programa para a próxima segunda-feira (19). O Sindicato dos Metalúrgicos do ABC já havia aprovado a paralisação da categoria no dia 7 de fevereiro. Já o Sindicato dos Bancários de São Paulo definiu o estado de greve nesta sexta-feira (16).
O Sindicato confirmou que 88% dos bancários aprovam a paralisação na próxima segunda. Já os metalúrgicos do ABC alegam que o “risco da reforma persiste” e a mobilização se mantém, principalmente após o presidente Michel Temer afirmar que, quando a reforma da Previdência estiver pronta para ser votada no Congresso, ele pretende cessar a intervenção.

De acordo com o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, Wagner Santana, a orientação é “para os trabalhadores não irem às fábricas na próxima segunda-feira”. “Vamos mostrar a resistência da classe trabalhadora e impedir a aprovação dessa reforma”, afirmou o dirigente sindical. “Temos de dar o recado de que essa proposta não interessa aos trabalhadores e não pode ser feita por um governo sem nenhuma legitimidade. Não vamos permitir esse desmonte”, acrescentou.

CUT

A Central Única dos Trabalhadores (CUT) também emitiu uma nota mantendo a mobilização pelo País. “A nossa luta é para enterrar de vez a reforma”, afirma, em nota, o presidente da CUT, Vagner Freitas.

Ônibus e Metrô

Já para o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, conhecido como Juruna, a decisão do governo de intervir no Rio de Janeiro, tirando a reforma da pauta da Câmara, desmobiliza os trabalhadores. “Eu acho que (a reforma da Previdência) já era. Agora o movimento perde toda a força”, afirma. “Os motoristas de ônibus e os metroviários não estão falando mais em greve”, ele destaca.

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