Moro afirma que ‘não há orientação nenhuma’ em mensagens trocadas com Dallagnol

  • Por Jovem Pan
  • 10/06/2019 16h02 - Atualizado em 10/06/2019 16h12
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Dida Sampaio/Estadão Conteúdo O ministro questionou a veracidade do conteúdo e disse que "não as possui mais em seu celular"

De acordo com o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, “não há orientação nenhuma” na troca de mensagens que teve com o procurador da República e coordenador da Lava Jato em Curitiba, Deltan Dallagnol. Ele também ressaltou, nesta segunda-feira (10), que não se pode afirmar que as mensagens “são autênticas” e que ele não as possui mais em seu celular.

“Não tem nenhuma orientação ali naquelas mensagens. E eu nem posso dizer que são autênticas porque, veja, são coisas que aconteceram, e se aconteceram, foram há anos. Eu não tenho mais essas mensagens. Eu não guardo, eu não tenho registro disso. Mas ali não tem orientação nenhuma”, disse.

As conversas, divulgadas pelo site The Intercept Brasil, mostrariam que Moro teria orientado investigações da Lava Jato por meio de mensagens trocadas no aplicativo Telegram. Segundo o site, há conversas escritas e gravadas nas quais Moro sugeriu mudança da ordem de fases da Lava Jato, além de dar conselhos, fornecer pistas e antecipar uma decisão a Dallagnol.

Questionado o porquê manteve contato com os procuradores via mensagem de texto de aplicativos, Moro disse que “é algo normal”. “Veja, os juízes conversam com procuradores, conversam com advogados, conversam com policiais. E isso é algo normal.”

Questionado se as mensagens sugeriam direcionamento das fases da Operação Lava Jato, ele negou. “Se houve alguma coisa nesse sentido são operações que já haviam sido autorizadas e isso é questão de logística de saber como fazer. Senhores eu vim aqui para falar do Amazonas e se não tem pergunta a esse respeito eu encerro.”

Por meio de nota neste domingo (9), Moro afirmou que, nas mensagens em que é citado, “não se vislumbra qualquer anormalidade ou direcionamento da atuação enquanto magistrado”.

* Com informações do Estadão Conteúdo

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