“Não sei como não me acertaram”, diz testemunha de ataque do PCC a hotel

  • Por Estadão Conteúdo
  • 24/02/2018 11h57
Divulgação "Pensei que eram fogos, aí, de repente, começou tudo.. Não sei como é que não me acertaram", disse a testemunha do assassinato de líder do PCC

Às 19h35 da última quinta-feira, dia 22, um representante comercial de 55 anos e a mulher dele, de 59, pararam o carro na área de embarque do Hotel Blue Tree Towers, na zona leste de São Paulo, para encontrar um casal de hóspedes, vindo da Bahia, com quem marcaram um jantar. “Quando estou descendo e vou abraçar meu amigo, uma pessoa vem atirando de longe. E um dos tiros acertou minha esposa”, contou, sobre o ataque que matou o líder do PCC na Baixada Santista, Wagner Ferreira da Silva, o Cabelo Duro.

O disparo de fuzil varou a perna da vítima, que passou por cirurgia. “Pensei que eram fogos, aí, de repente, começou tudo.. Não sei como é que não me acertaram”, disse. No hotel, pessoas se atiraram no chão. Alguns hóspedes trancaram o quarto, temendo se tratar de uma invasão.

Outra mulher, de 28 anos, acabou ferida na mão e no tórax. Nenhuma das duas corre risco de morte. “A polícia veio rápido, colocaram minha esposa na viatura comigo. Foram muito atenciosos”, disse. “Ela falava que ia morrer, sangrando muito. Começou a perdeu a cor, a desmaiar.” “Agora, está bem, em casa. Só está bastante abalada e assustada.” Em nota, a administradora do hotel lamentou o ocorrido e disse que está prestando “todo suporte necessário” e colabora com as investigações.

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