“Novo na política é falar a verdade e defender interesse coletivo”, diz Alckmin

  • Por Estadão Conteúdo
  • 04/09/2017 13h29
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São Paulo - O governador Geraldo Alckmin fala sobre perspectivas e investimentos para 2016 na Associação Comercial de São Paulo (ACSP). (Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil) Rovena Rosa / Agência Brasil Alckmin reiterou que quer ser candidato à Presidência da República, mas disse que isso não depende dele, mas do partido

Em disputa com o prefeito de São Paulo, João Doria, para ser o candidato do PDSB na eleição presidencial de 2018, o governador paulista Geraldo Alckmin criticou nesta segunda-feira, 4, quem defende a ideia de que o novo na política é ser jovem ou ter pouca experiência em cargos políticos.

“O novo é idade? Trinta, cinquenta, setenta anos? Eu acho o FHC Fernando Henrique Cardoso novo, e ele tem um pouco mais que isso Novo é nunca ter sido candidato, ter experiência pública ou mandato? O novo é, primeiro, falar a verdade, olhar nos olhos e as pessoas acreditarem e, segundo, defender o interesse coletivo, que é órfão no Brasil todo dia”, disse, ao participar de evento da revista Exame, na capital paulista, que também teve a presença do presidente em exercício, Rodrigo Maia.

Alckmin reiterou que quer ser candidato à Presidência da República, mas disse que isso não depende dele, mas do partido. “Eu me preparo permanentemente”, disse o governador.

O tucano afirmou também que, se for presidente, pretende apresentar, logo de cara, reformas da Previdência e tributária, deixando claro que o principal problema do País é fiscal. “Governo não é pra ser executor, mas sim regulador e fiscalizador”, disse.

Ele criticou a decisão do governo em dar aumento de salário a servidores com quatro anos de antecedência. “É inacreditável isso em país com rombo fiscal”, afirmou. “Quando a dívida passar dos 80% do PIB, temos um problemão”, declarou. Em relação ao câmbio, disse que sua preocupação é não deixar a moeda sobrevalorizar.

Alckmin citou, inclusive, quais são os economistas com quem tem conversado para discutir a situação do País: Armínio Fraga, Eduardo Giannetti da Fonseca, José Roberto Mendonça de Barros, Pérsio Arida, Monica de Bolle e até o senador paulista José Serra (PSDB). Ele evitou, no entanto, dizer quais seriam os seus ministros. “Isso dá um azar danado”, disse.

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