Operação da PF mira em mães que compartilharam imagens pornográficas dos filhos

  • Por Jovem Pan
  • 11/03/2020 09h14
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Marcello Casal jr/Agência Brasil A investigação teve início na Ucrânia, foi enviada ao Brasil pela Interpol e identificou registros de mais de 30 estupros

A Polícia Federal (PF) abriu a terceira fase da Operação Pedomon na manhã desta quarta-feira (11) para fazer buscas contra três mães que teriam compartilhado imagens de cunho pornográfico de seus filhos e filhas com um homem que foi preso na primeira fase da investigação.

Em maio de 2019, o homem foi preso com “grande volume de arquivos” contendo cenas de abuso sexual praticadas por ele. Os mandados são cumpridos nas cidades de Cerquilho, São Paulo e Iguape.

Segundo a PF, a ação encerra uma apuração que identificou seis crianças vítimas de abuso sexual infantil. A investigação teve início na Ucrânia, foi enviada ao Brasil pela Interpol e identificou registros de mais de 30 estupros — sendo que as imagens eram compartilhadas em fóruns da deepweb dedicados a abusos sexuais praticados por pais e mães.

A primeira fase da Pedomon prendeu um homem em Iguape, no litoral sul paulista, em maio do ano passado, partindo de uma comunicação da Interpol sobre a prisão de um casal de ucranianos que produzia e distribuía arquivos contendo imagens de abuso sexual infantil naquele país.

Na ocasião, durante cumprimento do mandado de busca e apreensão, ele tentou destruir seu laptop e celulares — mas não conseguiu. Análises do Setor Técnico-Científico da PF identificaram grande volume de arquivos contendo cenas de abuso sexual praticadas por ele em companhia de duas mulheres, tendo duas crianças como vítimas.

Tais mulheres eram ex-namoradas do preso e também foram detidas, durante a segunda fase da operação, deflagrada em setembro de 2019. As vítimas dos abusos foram identificadas como a filha e o filho de uma das ex-namoradas e têm 11 e 5 anos de idade atualmente.

Segundo a PF, há registro da ocorrência de mais de 30 estupros — além de imagens de tortura praticada contra uma das crianças. No caso da mãe das agressoras, a Polícia identificou cerca de 20 atos de abuso sexual praticados contra o próprio filho.

Os estupros eram filmados e depois as imagens eram trocadas em fóruns da deepweb dedicados especificamente a abusos sexuais praticados por pais e mães.

A análise dos HD’s apreendidos com o abusador preso na primeira fase da operação levou ainda à identificação de outras três mulheres que produziram imagens de cunho pornográfico de seus filhos e filhas e as enviaram para o investigado.

Os crimes de publicação de imagens de pornografia infantil e de estupro de vulnerável preveem penas de, respectivamente 3 a 6 anos de reclusão e 8 a 15 anos de prisão, indicou a Polícia Federal.

*Com informações do Estadão Conteúdo

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