Paes admite que “está refletindo” sobre disputa ao governo do Rio
Paes deu as declarações na saída da sede da Justiça Federal, no centro do Rio, após prestar depoimento para a 7ª Vara Federal Criminal. Ele foi chamado como testemunha de defesa do ex-governador do Rio Sérgio Cabral (MDB). Neste processo, Cabral responde por suposta participação em um esquema para a compra de votos de uma comissão africana para a escolha do Rio como sede Olímpica de 2016.
O ex-prefeito negou que soubesse de tal arranjo e exaltou o mérito do Brasil no sucesso candidatura do País que, segundo ele, vivia um “momento de crescimento no cenário internacional”. “Se fosse verdade, eu diria que seria desnecessário e triste. A gente venceu por uma margem muito grande. A cidade vivia um momento especial. O Brasil tinha um ativo para ganhar as Olimpíadas”, afirmou a jornalistas após o depoimento.
Paes também negou que tivesse relação íntima ou social com Cabral e que almoçou “apenas uma vez” na casa do ex-governador em um resort em Mangaratiba. “Não era amigo dele. Eu era prefeito e ele, governador. Trabalhamos juntos para tentar melhorar o Estado. Infelizmente, essas coisas aconteceram”, disse o ex-prefeito que, até abril deste ano era do MDB, partido de Cabral, do qual se elegeu como prefeito.
“(Alexandre) é um servidor de carreira. Não teve nenhuma indicação política. É decepcionante e triste”, afirmou o ex-prefeito, culpando os órgãos de controle pelo ocorrido. “Eu errei na escolha. O prefeito não pode ficar o dia inteiro controlando essas coisas. Tem a controladoria municipal, a controladoria da União. Não tinha um monte de força-tarefa acompanhando as obras de Olimpíada? Infelizmente, essas coisas aconteceram. Fico triste, mas era um servidor público ocupando um cargo”, afirmou.
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