Paes diz que não abre mão de bom relacionamento com governo federal
O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PMDB), afirmou que não abre mão de manter um bom relacionamento com o governo federal, independentemente de quem ocupar a Presidência da República. “A história do Rio é marcada por prefeitos que queriam ficar fazendo política a partir do cargo. Eu não faço política. Eu vou me relacionar com a presidente da República independentemente de qualquer posição (partidária). Seja com a presidenta, com a Presidência, com o que for da República eu vou me relacionar”, disse Paes, após inaugurar neste domingo o primeiro trecho da Orla da Guanabara Prefeito Luiz Paulo Conde, ao lado do Museu do Amanhã, no Centro do Rio.
Apesar do rompimento do PMDB, ao qual é filiado, com o PT, da presidente Dilma Rousseff, Paes se posicionou como um personagem isento em meio ao atual embate travado entre os dois partidos. Durante o evento, ele se recusou a comentar a tentativa de parlamentares peemedebistas de aprovar o impeachment de Dilma no Congresso, com o argumento de que “tem uma Olimpíada para fazer” “Prefeito do Rio de Janeiro não tem posição sobre temas políticos. Prefeito do Rio de Janeiro governa a cidade, tem uma Olimpíada para fazer. Assim que o prefeito do Rio de Janeiro vai falar, só na jurídica. O político Eduardo Paes está descansando neste momento, até porque eu não disputo eleição nenhuma”, afirmou.
Além das desavenças partidárias, Paes ainda enfrenta um constrangimento pessoal diante de Dilma, por causa do vazamento de um áudio de uma conversa com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no qual critica o humor da presidente. “Eu falo um monte de asneira. Já me desculpei por isso”, argumentou. Prefeito e presidente vão se encontrar nesta semana, no Rio, em evento de inauguração de instalações onde acontecerão os Jogos Olímpicos, disse Paes.
Por causa do vazamento da conversa com Lula atrasou a inauguração do primeiro trecho da Orla da Guanabara Prefeito Luiz Paulo Conde, que só veio acontecer hoje. “Há duas semanas eu estava em um clima político ruim, achei melhor não inaugurar. Eu que atrasei”, disse. “(Esse clima) não passa nunca. Está ruim para todo mundo. Não tá fácil para ninguém.”
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