Guedes cobra sacrifício de servidores: ‘Não peçam aumento por um ano e meio’

  • Por Jovem Pan
  • 27/04/2020 11h26 - Atualizado em 27/04/2020 11h27
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Dida Sampaio/Estadão Conteúdo Ministro da Economia afirma que redução dos impostos para pessoas físicas e empresas será recomposta pela taxação de dividendos Ministro da Economia afirma que redução dos impostos para pessoas físicas e empresas será recomposta pela taxação de dividendos

O ministro da Economia, Paulo Guedes, defendeu na manhã desta segunda-feira (27) que servidores públicos façam um sacrifício e mostrem “que estão com o Brasil” em meio à crise econômica causada pelo novo coronavírus. Ao lado do presidente Jair Bolsonaro, o chefe da equipe econômica se mostrou contra reajustes salariais no funcionalismo público no próximo um ano e meio.

“Servidores vão colaborar, eles vão também ficar sem pedir aumento por algum tempo. Ninguém vai tirar, e o presidente disse, ‘ninguém tira direito, ninguém tira salário, ninguém encosta em nenhum direito que existe hoje’. Mas, por atenção aos brasileiros, não peçam aumento por um ano e meio, contribuam com o Brasil”, afirmou após reunião no Palácio do Alvorada.

Com discurso em tom confiante, o ministro afirmou que o Brasil “irá surpreender”. “Estamos no caminho da prosperidade e não do desespero”, disse. “É claro que o mundo inteiro está gastando mais agora por causa da crise, então nós também temos que gastar mais. Só que é um ano excepcional, extraordinário. O ano que vem e este ano mesmo já voltamos com as reformas. E ao no que vem, já vamos estar certamente crescendo”, complementou.

Pró-Brasil

O ministro também demonstrou apoio às medidas do governo para tentar minimizar efeitos da pandemia do novo coronavírus. “O programa Pró-Brasil na verdade são estudos justamente na área de infraestrutura, de construção civil. São estudos adicionais para ajudar nessa arrancada de crescimento que nós vamos fazer. Isso vai ser feito dentro dos programas de recuperação de estabilidade fiscal.”

Estados e municípios

Guedes disse ainda que o Executivo deve fechar ainda nesta semana um acordo com presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), para aprovação da descentralização de recursos para estados e municípios. “O presidente sempre disse ‘mais Brasil, menos Brasília'”, ressaltou. Em aceno ao Congresso, o ministro afirmou que acredita no apoio à aprovação de reformas econômicas.

Teto de gastos

Guedes afirmou também que a situação atual do País não é o caso de romper o teto de gastos, mecanismo que controla os gastos públicos federais. “Se faltasse dinheiro para Saúde, nós até poderíamos romper teto, mas não é o caso. Tudo que os governadores pediram, levaram. Para que falar em derrubar o teto se é o teto que nos protege contra a tempestade?”, comentou.

*Com informações do Estadão Conteúdo

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