Pazuello diz que tratamento precoce faz diferença no enfrentamento à Covid-19 no Brasil
Afirmação foi feita durante reunião entre ministros da Saúde do Mercosul; estavam presentes representantes do Uruguai, Argentina, Paraguai e Bolívia
O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, afirmou em reunião do Mercosul nesta quinta-feira, 3, que o tratamento precoce fez diferença no enfrentamento à Covid-19 no Brasil. O encontro realizado de forma online contou com a presença de representantes da área da Saúde do Uruguai, Argentina, Paraguai e Bolívia. Durante sua fala, o ministro ressaltou o compromisso do país com a aquisição de vacinas e alegou estar preocupado com as doenças “represadas”. A preocupação por parte de Pazuello com outras enfermidades já havia sido apresentada durante audiência pública na Comissão Mista da Covid-19 do Congresso Federal nesta quarta. “Vivemos uma pandemia, mas também vivemos outras doenças que podem circular entre nossos países. Precisamos estar atentos. Reuniões como essa são um canal aberto para trocarmos rapidamente informações e, também rapidamente, fazer estratégias que permitam que a gente controle qualquer surto ou endemia que esteja propagando”, iniciou o ministro. A reunião não foi transmitida. As informações foram divulgadas pelo próprio Ministério da Saúde. Segundo a pasta, os representantes levaram dados sobre outras doenças, como dengue, zika, chikungunya e febre amarela.
Em seguida, Pazuello abordou a heterogeneidade da pandemia no Brasil. “A curva do Brasil é alongada, pois é um país com dimensões continentais, diferenças regionais e populacionais. Por isso, tivemos impactos em momentos diferentes dependendo de cada região”, explicou o ministro. “O que fez e faz diferença para nós foi o tratamento precoce. A mudança de protocolo de cuidado aos pacientes com Covid-19”, completou, sem especificar qual protocolo. Em maio, quando assumiu a pasta interinamente, o ministro anunciou protocolo que recomendava o uso da cloroquina e da hidroxicloroquina para tratamento da Covid-19. A medicação, até agora, não tem eficácia comprovada para a doença. “O Brasil está preocupado com as ondas da pandemia, com as doenças represadas e o impacto disso na saúde pública”. “Estamos preocupados com isso e investindo bastante”, disse ao falar sobre a vacinação. “A vacina também é necessária para todos os países. Aderimos ao Covax Facility, firmando compromisso para a aquisição de 42 milhões de doses”. O Covax Facility permite que o país tenha, entre suas opções, pelo menos mais dez vacinas, inclusive o imunizante desenvolvido pela Pfizer/BioNTech. A iniciativa internacional visa acelerar a produção de vacinas e permitir o acesso equitativo aos imunizantes contra o coronavírus.
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