Presidente do INEP nega corte de questões no ENEM
O presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), Elmer Vicenzi, disse nesta terça-feira (14) que a organização do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) está dentro do cronograma previsto. Além disso, de acordo com ele, “não houve cortes de questões”.
“Não existe qualquer normativa de corte de temas nem limitação para grupos minoritários”, afirmou. Segundo Vicenzi, o Inep assinou Termo de Ajustamento de Conduta com o Ministério Público para que esses grupos sejam incluídos.
Até a aplicação, nos dias 3 e 10 de novembro, o processo envolve diversas etapas e procedimentos. Professores universitários são selecionados por meio de uma chamada pública para atuar na formulação das questões e são capacitados com orientações sobre como criar uma pergunta, o que o instituto chama de “item”.
Esses profissionais então elaboram as questões, que são pré-testadas, com o objetivo de aferir a “psicometria da prova”, explicou o presidente. A partir disso, o exame é formatado, para ser impresso e depois distribuído aos locais de realização.
A deputada Rosa Neide (PT-MT) colocou como preocupação a criação de uma comissão para analisar as questões. “O Inep é um órgão autônomo. Construção de questões de prova é papel de professor”, declarou. O presidente também foi questionado sobre quem teria acesso ao conteúdo.
Ele respondeu que, em 2016, também houve comissão para leitura do exame e que esta é “mais uma” das várias comissões. “Nenhum item foi tirado da base nacional”, informou. De acordo com ele, os processos estão “arraigados e normatizados”.
Vicenzi falou ainda que uma novidade deste ano foi o novo sistema de inscrição. “A gente procurou trabalhar num sistema que fosse essa linguagem das redes sociais”, disse. Para pessoas com deficiência, haverá provas em braile, com fontes ampliadas e com tradutor em libras e auxiliar de transcrição.
Segurança
A previsão é de realização do exame em 1.727 municípios nas 27 unidades da Federação. As cidades são escolhidas por um conjunto de critérios, como a quantidade de matrículas daquele local pela média do estado, o número de inscritos na última região e microrregiões, entre outros.
O presidente do Inep afirmou que a gráfica escolhida é uma “gráfica de segurança” e que faz documentos de identificação. Um batalhão em São Paulo é o centro de distribuição, de onde saem as provas e vão para outros batalhões e para o consórcio aplicador. Além disso, há escoltas da Polícia Federal, Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros para o transporte.
* Com informações da Agência Brasil
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