Após prisões, grupo que era liderado por Sara Winter solta fogos de artifício em frente à PF

Os investigadores devem ouvir a ativista presa nesta segunda-feira (15) ainda nesta tarde. No último sábado, o ‘300 do Brasil’ disparou fogos em direção ao STF

  • Por Jovem Pan
  • 15/06/2020 16h31
DIDA SAMPAIO/ESTADÃO CONTEÚDO Sara Winter, presa na última segunda, e integrantes do grupo de extrema direita '300 do Brasil'

Após a prisão nesta segunda-feira (15) da ativista de extrema direita Sara Winter, do movimento “300 do Brasil”, um grupo de 13 manifestantes foi à Superintendência da Polícia Federal no Distrito Federal carregando faixas de apoio ao grupo, que no último sábado disparou fogos de artifício em direção à sede do Supremo Tribunal Federal (STF).

Na frente da PF, um manifestante chegou a soltar fogos de artifício, em alusão ao gesto que causou indignação no Supremo e levou o presidente da Corte, Dias Toffoli, a acionar órgãos de investigação. A Procuradoria-Geral da República (PGR) abriu uma apuração sobre o caso.

Ao todo seis integrantes do 300 do Brasil foram alvos de mandados de prisão por ordem do ministro Alexandre de Moraes, do STF, a pedido da PGR.

Dentro da superintendência, investigadores devem ouvir Sara Winter ainda nesta tarde. A defesa da ativista reclamou que ainda não recebeu acesso à decisão do ministro Alexandre de Moraes com a fundamentação das prisões.

Do lado de fora do prédio da PF, havia uma faixa com a mensagem “#saralivre”, em referência à líder do grupo.  O grupo foi detido pela Polícia Federal com base na Lei de Segurança Nacional, após uma série de ataques e ameaças a integrantes da Corte.

A medida foi tomada em um inquérito aberto para apurar a organização de atos antidemocráticos em Brasília, nos quais o presidente Jair Bolsonaro vinha marcando presença. Apesar disso, o presidente da República não está sendo investigado. O foco da PGR é apurar suspeitas de que parlamentares estejam ajudando a organização dos atos.

A prisão de Sara Winter e de mais cinco integrantes do 300 do Brasil tem entre seus objetivos investigar se há patrocinadores ao grupo.

Os pedidos de prisão foram feitos após a avaliação na Procuradoria-Geral da República (PGR) e no próprio Supremo que os responsáveis pelas investigações na primeira instância estavam demorando muito para tomar uma atitude contra o grupo, cuja líder chegou a fazer ameaças ao ministro Alexandre de Moraes.

*Com informações do Estadão Conteúdo

Comentários

Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.