Relatório aponta inconsistência de informações prestadas pela Vale após Brumadinho

AMN emitiu 24 autuações à empresa

  • Por Jovem Pan
  • 05/11/2019 15h54 - Atualizado em 06/11/2019 08h36
Cadu Rolim/Estadão Conteúdo Bombeiro trabalha em Brumadinho Segundo último balanço do Corpo de Bombeiros de Minas Gerais, foram contabilizadas 249 mortes em decorrência da tragédia

A Agência Nacional de Mineração (ANM) entregou um relatório nesta terça-feira (5) que aponta ao menos cinco inconsistências entre as informações prestadas pela empresa Vale ao longo de 2018 e a situação verificada pela agência após o rompimento da barragem Mina do Córrego do Feijão, em Brumadinho (MG).

A AMN emitiu 24 autuações à Vale e vai encaminhar o relatório à Polícia Federal, à Controladoria Geral da União (CGU), Tribunal de Contas da União (TCU) e Ministério Público Federal (MPF).

Entre as “discrepâncias“ técnicos da ANM indicam que “algumas informações importantes que constavam no sistema interno e nas fichas de inspeção no campo da Vale na hora as mesmas inseridas no SIGDM [Sistema Integrado de Gestão de Segurança de Barragens de Mineração], o que impediu que o sistema alertasse os técnicos de situação com potencial comprometimento da segurança da estrutura”, indicou em nota.

Conforme o comunicado da ANM, “no penúltimo reporte [relatório] feito pela Vale antes do rompimento, dia 08/01/2019 e enviado à ANM de 30/01, ou seja, após o rompimento, ainda constava que a barragem não possuía nenhuma anomalia. Porém, no dia 15/02, a empresa entregou um reporte de uma vistoria realizada no dia 22/01 (três dias antes do rompimento) em que todas as irregularidades foram apontadas”.

Segundo último balanço do Corpo de Bombeiros de Minas Gerais, foram contabilizadas 249 mortes em decorrência da tragédia. Oficialmente, 21 pessoas permanecem desaparecidas.

* Com informações da Agência Brasil

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