“Repugnante”, diz Marina Silva sobre rejeição da denúncia contra Temer

  • Por Estadão Conteúdo
  • 03/08/2017 10h11
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Plenário da Câmara dos Deputados durante sessão solene em homenagem ao Dia do Índio, comemorado em 19 de Abril. Desde terça-feira (14), quando deram início ao Acampamento Terra Livre, as lideranças indígenas cumprem agenda no Parlamento onde apresentam suas reivindicações. ex-senadora e ambientalista, Marina Silva. Foto: Geraldo Magela/Agência Senado Geraldo Magela/Agência Senado Sem citar diretamente a Lava Jato, Marina defendeu o apoio ao trabalho do Judiciário, da Polícia Federal e do Ministério Público

Potencial candidata à Presidência pela Rede Sustentabilidade, a ex-senadora e ex-ministra Marina Silva publicou um vídeo na madrugada desta quinta-feira (3), após a votação da Câmara que barrou a denúncia contra o presidente Michel Temer (PMDB). Crítica do arquivamento da acusação, Marina chamou resultado de “repugnante” e disse que recebeu a notícia com “grande indignação”.

A ex-ministra também defendeu que o crescimento econômico, justificativa usada por muitos parlamentares que votaram a favor do presidente, “não pode ser transformado em sinônimo de impunidade”

“É com grande indignação que recebemos o resultado da votação que decidiu absolver o presidente Temer da grave denuncia por corrupção passiva feita pelo Ministério Público Federal”, disse em vídeo publicado em seu Twitter.

A ex-ministra falou, ainda, que os parlamentares que votaram a favor do relatório de Paulo Abi-Ackel (PSDB-MG) e, portanto, a favor de Temer, estão “na contramão do que deseja a sociedade brasileira”. “Duzentos e sessenta e três senhores deputados, na contramão do que deseja a sociedade brasileira, decidiram absolver o presidente Temer com a desculpa de que o Brasil precisa voltar a crescer”, disse.

“O crescimento do Brasil não pode ser transformado em sinônimo de impunidade. A estabilidade econômica não pode ser feita na areia movediça do desrespeito ao dinheiro publico e do bom funcionamento das instituições”, ressaltou.

Sem citar diretamente a Lava Jato, Marina defendeu o apoio ao trabalho do Judiciário, da Polícia Federal e do Ministério Público. “Se eles (deputados governistas) decidiram romper o lanço com aqueles que dizem representar, aí é que nós devemos continuar mobilizados, apoiando o trabalho da Justiça, da Polícia Federal, e do Ministério Público, para que eles nos ajudem a passar o Brasil a limpo.”

Nesta quarta-feira, os quatro parlamentares da Rede Sustentabilidade votaram contrários a Temer. A ex-senadora já havia publicado um vídeo, na véspera da votação, para pressionar o Congresso a votar pelo encaminhamento da denúncia contra o presidente Michel Temer ao Supremo Tribunal Federal. “Temer precisa ser julgado”, disse ela em seu Facebook.

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