RJ: PM que apontou fuzil para manifestante responderá por ‘ter ferido protocolo’
O policial militar que apontou um fuzil para o rosto de um manifestante desarmado no domingo (31), durante ato em frente ao Palácio Guanabara, sede do governo de Estado, vai responder “administrativamente por ter ferido o protocolo interno”. A informação é da Secretaria de Estado de Polícia Militar do Rio de Janeiro, feita por meio da assessoria de imprensa.
O manifestante participava de um protesto contra o racismo no Brasil, que seguia a mesma linha do que acontece nos últimos dias nos Estados Unidos. No Rio de Janeiro, os participantes pediam o fim da morte de jovens negros nas favelas, como a do menino João Pedro, de 14 anos, morto neste mês durante operação policial no Complexo do Salgueiro. Ele estava dentro de casa quando foi atingido.
O protesto na zona sul carioca começou pacificamente, mas, segundo vídeos publicados nas redes sociais, tropas da Polícia Militar usaram tiros de borracha e bombas de efeito moral para dispersar os manifestantes. Em nota, a PM afirmou que, na dispersão da manifestação, “um grupo mais exaltado começou a arremessar pedras no Palácio Guanabara e nos policiais militares”. A organização também argumentou que um manifestante conseguiu entrar no Palácio e danificou uma viatura.
“Naquele momento, houve necessidade de fazer o uso de instrumento de menor potencial ofensivo para conter os manifestantes. Na ação uma pessoa foi encaminhada para a delegacia”, complementou. O policial que apontou o fuzil para o manifestante atuava no bloqueio do trânsito e na segurança da tropa, de acordo com a Polícia Militar.
*Com informações do Estadão Conteúdo
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