Secretaria do Meio Ambiente suspeita de queimada criminosa em Alter do Chão

  • Por Jovem Pan
  • 18/09/2019 18h13 - Atualizado em 18/09/2019 18h34
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EFE Quatro membros da brigada de Alter do Chão foram presos nesta terça-feira (26) sob acusação de atuação nos incêndios da região

A Secretaria de Meio Ambiente (Sema) de Santarém, no Pará, suspeita que os incêndios ocorridos desde sábado (14) na Área de Proteção Ambiental (APA) de Alter do Chão foram provocados por ação humana, com a intenção de liberar terra para exploração turística às margens do Rio Tapajós, em um ponto afluente chamado de Lago Verde.

“A população precisa entender o mal que está causando a si, ao meio ambiente. [Quem faz queimada irregular] tem pena de multa alta, responde administrativamente e criminalmente. Queimada é crime”, disse a secretária.

De acordo com o Ministério Público (MP) do Estado do Pará, foram encontrados na terra incendiada “vestígios de fogueira”, além de latas queimadas. No entanto, ainda não há evidência de ação intencional.

A Delegacia de Conflitos Agrários de Santarém está investigando as causas do incêndio. As promotorias de Justiça Ambiental e Agrária instauraram procedimento para acompanhar a apuração e as ações de prevenção e revitalização da área atingida em Alter do Chão.

O MP vai expedir ainda recomendações reiterando a necessidade de atuação preventiva e também recomendando que “pessoas que venham a ser identificadas cometendo crime ambiental de queima ilegal de áreas florestais não tenham a regularização da área por não estarem cumprido a função socioambiental da terra”, conforme assinalou a promotora de Justiça Yone Nakamura.

A ocupação e o desenvolvimento de atividades econômicas e de subsistência na APA de Alter do Chão estão previstas em plano de uso aprovado há sete anos.

No total, 11,7 quilômetros quadrados (km²) da APA foram atingidos pelo fogo, uma área equivalente a 1.647 campos de futebol, ou 7,34% do tamanho de toda área de proteção ambiental. O Corpo de Bombeiros anunciou que o fogo já está controlado.

Os incêndios se estenderam dessa área até a proximidade da comunidade de Ponta de Pedras. Segundo informação do Ministério Público do Pará, no domingo (15) foram identificados 30 focos de incêndio. Após os primeiros focos de sábado (14), outros foram surgindo. O vento, a estiagem na região nesta época do ano e a facilidade de combustão da mata rasteira podem ter favorecido o alastramento.

Além de Alter do Chão, que fica no oeste do Pará, o governo estadual informa que o Corpo de Bombeiro combateu nesta semana focos de incêndio em Novo Progresso,na região sudoeste do estado, e também próximos a Marabá, a leste.

*Com informações da Agência Brasil

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