Senado pode concluir votação da Previdência nesta terça-feira

  • Por Jovem Pan
  • 20/10/2019 11h43
Reprodução/Agência Senado Plenário do Senado Para que seja aprovado e siga para promulgação, projeto precisa alcançar 49 votos

Esta semana será decisiva na tramitação da reforma da Previdência. Oito meses após chegar ao Congresso, o texto da PEC 6/2019 deve ter sua votação final na terça-feira (22), dia em que o plenário do Senado deverá analisar a matéria em segundo turno. Para que seja aprovado e siga para promulgação, o projeto precisa alcançar o mínimo de 49 votos.

O que diz a proposta

Entre outros pontos, o texto aumenta o tempo para trabalhadores terem direito à aposentaria, eleva as alíquotas de contribuição para quem ganha acima do teto do INSS (hoje em R$ 5.839) e estabelece regras de transição para os atuais assalariados. Com essa proposta, a economia está estimada em R$ 800 bilhões em 10 anos.

Antes de ser votada em plenário, no mesmo dia, às 11h, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) vai votar o parecer do relator, senador Tasso Jereissati (PSDB-CE), sobre nove emendas de redação apresentadas após a votação em primeiro turno.

PEC Paralela

A conclusão da votação do texto principal da reforma da Previdência avança em parte, mas não encerra a discussão sobre o tema no Congresso.

Pontos polêmicos considerados importantes, mas que não têm consenso no Senado e na Câmara, integram uma proposta de emenda paralela à Constituição (PEC 133/19). Para que o assunto continue em discussão, Tasso apresentará o relatório sobre essa proposta na quarta-feira (23) na CCJ do Senado.

O texto busca incluir estados e municípios na reforma, prevê aumento de receitas para compensar parte das perdas referentes às concessões feitas pelos parlamentares no texto principal e propõe ajustes em algumas regras previdenciárias, especialmente para mulheres.

PEC autônoma

Além da PEC Paralela, outro tema foi acertado com a equipe econômica para ser tratado em proposta autônoma: o “pedágio” cobrado dos trabalhadores prestes a se aposentar, que terão de trabalhar o dobro do tempo que falta para a aposentadoria.

O senador Álvaro Dias (Podemos-PR) desistiu do destaque para evitar o retorno da proposta à Câmara. Para ter mais chances de aprovação na Câmara e no Senado, ele exigiu que o tema fosse tratado sozinho em outra proposta de emenda constitucional.

“O pedágio é de 17% para os militares, 30% para os parlamentares e 100% para os demais. Queremos discutir uma regra de transição que suavize o drama para quem já trabalhou muito e vai trabalhar ainda mais para chegar à aposentadoria”, afirmou Dias.

*Com Agência Brasil

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