Serra diz que Itamaraty deveria ter área dedicada à relação do Brasil com a China

  • Por Estadão Conteúdo
  • 20/06/2016 13h29
Discurso do ministro José Serra na cerimônia de transmissão do cargo de ministro de Estado das Relações Exteriores. Brasília, 18 de maio de 2016 Foto: Jessika Lima/AIG-MRE Jessika Lima/AIG-MRE José Serra

O ministro das Relações Exteriores, José Serra, ressaltou nesta segunda-feira (20), a importância da ampliação das relações comerciais entre a China e o Brasil. Maior parceiro comercial do País, a nação asiática deveria ter, segundo o chanceler, uma área exclusiva dentro do Itamaraty.

“A China, hoje, é o nosso principal parceiro comercial. É importante a questão do reconhecimento do mercado, mas o mundo inteiro está na expectativa desse assunto e o Brasil vai agir como observador e seguir a média mundial nessa matéria”, disse o ministro a empresários, em reunião realizada na sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). 

O protocolo de acessão da China à OMC, que foi firmado em 11 de dezembro de 2001, vence neste ano e os países-membros do órgão estão discutindo se todos são obrigados a adotar o reconhecimento de Pequim como economia de mercado.

O político acredita que a pasta deveria ter um olhar prioritário aos chineses, “temos que ter posições avançadas em relação à China e queremos também ter ajuda dos empresários”, declarou, analisando que ” (Ter uma) agência do BNDES e escritório da Apex no país também seria muito bom”.

O tucano ainda comentou que não haverá expansão de exportação de bens manufaturados nacionais se não houver avanço em termos de garantir segurança fiscal a esses produtos e, ao mesmo tempo, salientou que o Brasil não deve ter preconceito em exportar produtos primários.

No encontro, o ministério das Relações Exteriores assinou um memorando de entendimentos com a entidade para colaboração na área de promoção e inteligência comercial, “o que vim fazer aqui é apenas a pregação de uma aliança”, colocou, sugerindo que o canal direto do ministério com a Fiesp e os empresários seja via o embaixador Rubens Barbosa, presidente do Conselho de Comércio Exterior da entidade.

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