Site diz que Dallagnol teria consultado Moro sobre a possibilidade de usar dinheiro da 13ª Vara de Curitiba

  • Por Jovem Pan
  • 15/07/2019 19h35 - Atualizado em 16/07/2019 12h11
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José Cruz/Agência Brasil O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro

O The Intercept Brasil, por meio de um de seus veículos parceiros, divulgou, nesta segunda-feira (15),  um novo vazamento de mensagens de aplicativos de celular atribuídas ao então juiz Sergio Moro e ao procurador Deltan Dallagnol, coordenador da Operação Lava Jato. Nelas, segundo as publicações, Dallagnol teria consultado Moro sobre a possibilidade de usar parte da verba da 13ª Vara Federal de Curitiba para produzir um vídeo publicitário contra a corrupção.

De acordo com o “The Intercept Brasil”, no dia 16 de janeiro de 2016, Deltan teria enviado a Moro a seguinte mensagem: “Você acha que seria possível a destinação de valores da Vara, daqueles mais antigos, se estiverem disponíveis, para um vídeo contra a corrupção, pelas 10 medidas, que será veiculado na Globo? A produtora está cobrando apenas custos de terceiros, o que daria uns 38 mil. Se achar ruim em algum aspecto, há alternativas que estamos avaliando, como crowdfunding e cotização entre as pessoas envolvidas na campanha. Segue o roteiro e o orçamento, caso queira olhar. O roteiro sofrerá alguma alteração ainda. Avalie de modo absolutamente livre e, se achar que pode de qualquer modo arranhar a imagem da LJ de alguma forma, nem nós queremos”.

Segundo o veículo, Moro teria respondido, no dia seguinte: “Se for só uns 38 mil acho que é possível. Deixe ver na terça e te respondo”.

Desde o início dos vazamentos, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, e o Ministério Público Federal (MPF) têm criticado a “invasão criminosa” de hackers em seus aparelhos e declarado que não é possível reconhecer a autenticidade das supostas mensagens, que podem ter sido “parcial ou totalmente adulteradas”.

“A força-tarefa da Lava Jato em Curitiba não reconhece as mensagens que têm sido atribuídas a seus integrantes nas últimas semanas. O material é oriundo de crime cibernético e não pode ter seu contexto e veracidade confirmados. Mais uma vez, é divulgado como verdadeiro fato que jamais ocorreu. Nunca houve qualquer tipo de direcionamento de recursos da 13ª Vara Federal para campanha publicitária ou qualquer ato relacionado às 10 medidas contra a corrupção”, disse, em nota, a força-tarefa da Lava Jato.

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