STF derruba liminar que sugeriu soltar presos por conta do coronavírus

Por 7 a 2, o Supremo entendeu que as medidas de prevenção ao vírus estão sendo tomadas pelos ministérios da Saúde e da Justiça, em conjunto com o CNJ

  • Por Jovem Pan
  • 18/03/2020 20h03
Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil Plenário do Supremo Tribunal Federal Plenário do Supremo Tribunal Federal

O Supremo Tribunal Federal (STF) derrubou nesta quarta-feira (18) a liminar proferida pelo ministro Marco Aurélio que “conclamou” juízes de todo o país a soltar presos que estão no grupo risco do novo coronavírus.

Pela liminar, os magistrados das Varas de Execução Penal (VEP) de todo o país deveriam analisar a situação de cada preso e avaliar a eventual concessão de liberdade condicional para maiores de 60 anos e dar regime domiciliar a portadores do vírus HIV, diabéticos, pessoas com tuberculose, doenças respiratórias, cardíacas, gestantes e lactantes.

Além disso, os juízes deveriam conceder medidas alternativas para quem cometeu crime sem violência ou grave ameaça.

Por 7 votos 2, o STF entendeu que as medidas para evitar o contaminação de presos foram tomadas pelo Ministério da Saúde e pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública, além do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que editou uma recomendação sobre o mesmo assunto.

A decisão do ministro foi tomada na noite desta terça e a liminar foi levada nesta quarta para referendo do plenário.

A liminar foi proferida em um processo que foi julgado em 2015, quando o STF proibiu o Poder Executivo de contingenciar verbas do Fundo Penitenciário Nacional (Funpen) para melhorar as condições de presídios. Nesta semana, o Instituto de Defesa do Direito de Defesa (IDDD) pediu que a situação precária dos presídios fosse novamente levada em conta diante da pandemia do novo coronavírus.

*Com informações da Agência Brasil

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